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Dívida ensombra bolsas: Lisboa perde pelo 6º dia

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Investidores temem contágio da crise a países não periféricos da União Europeia - França está na mira

A bolsa de Lisboa fechou a sessão desta terça-feira a perder 0,78% para os 5.505,89 pontos, com apenas três títulos no verde. A praça nacional está, assim, a desvalorizar há seis sessões consecutivas, o pior ciclo desde Agosto.

Lisboa segue a tendência vivida na Europa, com os investidores a temerem que os responsáveis europeus não consigam resolver a crise da dívida e que resulte numa nova recessão. As atenções estiveram viradas para Itália e Espanha, cujos juros da dívida estão em níveis recorde.

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Neste cenário, nota para os juros da dívida portuguesa a 10 anos que também sobem acima dos 11,5%.

Isto só prova que a mudança de governos na Grécia e na Itália não acalmaram os mercados, como consideram alguns analistas citados pela Bloomberg, ao mesmo tempo que sobem de tom os receios de contágio da crise a países core da União Europeia. Hoje, os juros da dívida da Bélgica, Áustria e França estão em máximos.

Aliás, a França está em destaque - o prémio de risco também atinge níveis recorde e a bolsa de Paris foi a que mais perdeu em toda a Europa, ao desvalorizar 1,92%.

A bolsa de Atenas fechou a cair 3,57 por cento arrastada pelas perdas das instituições financeiras, com as perdas de 11,85 por cento do Banco Nacional da Grécia e 11 por cento do Alpha e Eurobank.

Madrid recuou 1,61% e Milão perdeu 1,08%. Frankfurt deslizou 0,87% e Londres recuou uns ligeiros 0,03%.

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Por cá, quatro títulos caíram mais de 3,5% - Altri, Sonaecom, Zon Multimedia e Galp Energia - mas foi a Sonae Indústria quem liderou, pela segunda sessão consecutiva, as perdas ao afundar 5,02%.

Na banca, Banif perdeu 3,17%, BES recuou 1,58% e BPI caiu 1,21%. Já o BCP contrariou e liderou mesmo os ganhos: disparou 3,77%, para os 0,110 euros, a recuperar dos mínimos históricos da semana passada. Isto no dia a seguir ao presidente da Associação Portuguesa de Bancos considerar que o sector está em risco de ser nacionalizado.

No verde apenas mais dois títulos: EDP avançou 0,95% e Jerónimo Martins subiu 2,06%.

Já em Wall Street, os principais índices seguem no vermelho, contagiados pelos receios em torno da crise europeia e pressionados pelo sector das matérias-primas e pela banca. Dow Jones perde 0,60% e Nasdaq recua 0,20%.

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