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Dívida: juros aliviam mas risco é dos que mais sobe no mundo

Economistas acreditam que Portugal e Espanha podem ser os próximos países a ter de procurar ajuda internacional

Os juros pagos pela dívida portuguesa a 10 anos estiveram a aliviar durante grande parte da manhã, depois de a Irlanda ter oficializado o pedido de ajuda internacional e de os parceiros europeus terem aprovado o auxílio. Mesmo assim, ao início da tarde chegaram a ultrapassar a barreira dos 7%, altura em que o risco de Portugal era dos que mais subia no mundo. Pouco tempo depois, os juros voltaram a recuar.

As obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos estão a negociar nos 6,90%. Já as obrigações irlandesas com a mesma maturidade subiram ligeiramente dos 8,102% (registados esta manhã) para os 8,31% (ao final da tarde).

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As obrigações alemãs - de referência para a Europa - recuaram ligeiramente para os 2,62%.

Portugal pode ser o próximo alvo

Recorde-se que os seguros contra o incumprimento da dívida portuguesa a 10 anos foram dos que mais cresceram em todo o mundo, com os investidores a anteciparem que Portugal pode vir a recorrer a ajuda externa.

De acordo com os dados da agência de informação financeira «Bloomberg», os «Credit Default Swaps» (CDS) da dívida soberana portuguesa a 10 anos estavam a crescer 30,5% para 420,44 pontos base, na maior subida em todo o mundo.

Os CDS são títulos que protegem o investidor de eventuais riscos da dívida soberana, ou seja, são um seguro contra o risco de um país não ter capacidade de pagar o empréstimo.

Assim, para segurar dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos no valor de 10 milhões de euros, os investidores teriam de pagar um seguro anual a rondar os 420,44 mil euros.

A Espanha é o segundo país em que mais cresce este indicador, com os CDS da dívida espanhola com maturidade a dez anos a avançarem 19,3% para 281,85 pontos base.

Este crescimento nos CDS de Portugal e Espanha pode significar aquilo que vários economistas e analistas de mercado têm vindo a dizer: depois de a Irlanda ter recorrido à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional no valor de 100 mil milhões de euros, Portugal e a Espanha podem ser os próximos países a ter de procurar ajuda internacional.

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