Os juros da dívida pública portuguesa voltaram esta terça-feira a bater máximos históricos. Os juros de médio prazo ultrapassaram os 12% e as obrigações a 10 anos aproximaram-se dos 10%.
Os juros da dívida a cinco anos chegaram aos 12,161% e tendência igual tiveram os juros a 1, 2 e a 3 anos, onde a taxa cobrada pelos investidores atingiram máximos de 12,665%, 12,13% e 12,354%.
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Nas obrigações do Tesouro a 10 anos, os juros chegaram aos 9,884%.
No que toca aos restantes prazos, as obrigações a 6 anos pagam uma taxa de 11% e as obrigações a 4 anos estão cada vez mais próximas desse valor, tendo tocado os 10,979%.
Já os juros dos títulos a 7, 8 e 9 anos, estao também acima da barreira dos 10%, tendo registado picos nos 10,891%, 10,464% e 10,359%.
Os juros portugueses acompanharam os juros da Grécia, que no prazo a 2 anos, chegaram aos 25%, por causa dos rumores de reestruturação da dívida, hipótese que alguns membros do Banco Central Europeu (BCE) consideram que teria um impacto mais negativo que a falência do Lehman Brothers.
Mas os investidores estão também preocupados com o plano de resgate externo a Portugal, depois de o défice orçamental de 2010 ter sido revisto em alta por duas vezes, tornando-se no quinto maior da Europa, e numa altura em que ainda não se sabem quais as medidas de austeridade que a «troika» irá propor.
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