O dia até tinha começado positivo nas bolsas, graças ao crescimento da Alemanha, no primeiro trimestre deste ano, mas foi sol de pouca dura. Os mercados acionistas inverteram, e mais tarde acentuaram as quedas, depois de a Grécia ter anunciado que falhou, sem qualquer acordo, as conversações com vista à formação de um Governo de união nacional. Era a derradeira tentativa. Resultado: agora Atenas terá de ir novamente a eleições, sendo que o tempo para evitar a bancarrota está a esgotar-se.
Os mercados, nestas coisas, não perdoam. Prova disso, a bolsa de Atenas derrapou 4,25%, Milão afundou 2,56%, Madrid tombou 1,60%, Frankfurt escorregou 0,9%, Londres caiu 0,63% e Paris deslizou 0,61%.
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Nem Lisboa escapou à derrocada na Europa: o PSI20 perdeu 1,86% para 4.983,93 pontos. Há dez anos que Lisboa não negociava abaixo dos 5.000 pontos [desde Setembro de 2002].
O nervosismo espalhou-se, num ápice, ao euro. A moeda única perdia, há instantes, 0,45 por cento para 1,2767 dólares. E no mercado secundário, os juros da dívida grega (29,509%), portuguesa (11,462%) e italiana (5,994%) voltavam a subir. No caso de Itália, os juros até chegaram a ultrapassar a fasquia dos 6%, um nível preocupante.
Setor financeiro foi o mais castigado
A nível doméstico, foi o setor financeiro o que mais castigou. O BES afundou 4,76% para 0,580 euros, no dia em que anunciou que os seus lucros caíram 84% para 11,6 milhões de euros, no primeiro trimestre deste ano, ou seja, abaixo da estimativa do mercado. O BPI, por seu turno, derrapou 3,49% para 0,387 euros e o BCP deslizou 0,99% para 0,100 euros.
Entre os títulos da peso, a Portugal Telecom (PT) desceu 3,17% para 3,996 euros e a EDP perdeu 1,86% para 2,002 euros.
Ainda assim, foi a Altri quem liderou as quedas em Lisboa: a empresa afundou 6,87%.
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