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Fitch vê solução grega como incumprimento

Medidas europeias até dão a oportunidade de recuperar a solvência, mas rating pode descer ainda mais. Já Portugal e Irlanda podem beneficiar da solução europeia para a crise

A solução que os líderes europeus encontraram para a crise na Grécia não coloca o país livre de perigo. A Fitch vai declarar a dívida actual do país como incumprimento parcial e diz que ela implica um «evento de crédito» porque prejudica os credores.

É que, «de acordo com o Instituto para a Finança Internacional, a proposta de troca de dívida implica uma perda de 20% para os bancos e outros credores do dívída soberana grega». A banca entra com 37 mil milhões de euros no novo resgate da Grécia, que totaliza os 158 mil milhões de euros.

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A agência de notação financeira até diz que a redução das taxas de juro que Atenas vai ter de pagar abre as portas a uma recuperação da solvência e permitirá suportar o rating. Mas isso só depois da troca da dívida actual por uma nova dívida. A que está a ir agora a julgamento é um «lixo» ainda muito especulativo.

Ora, como «uma troca que ofereça novos títulos com condições que são piores que os contratos originais da dívida actual e onde a dívida soberana é sujeita a pressão financeira constitui um evento de crédito segundo o Critério de Troca Coerciva da Dívida da Fitch», então a solução encontrada na quinta-feira tem de enquadrar-se neste caso, argumenta a agência de rating, numa nota citada pela Lusa.

A Fitch acredita no entanto que, depois de ultrapassado o incumprimento, os ratings atribuídos poderão melhorar, embora continuem num grau de não-investimento.

Esta agência de notação financeira cortou o rating da Grécia «pré-bancarrota» na semana passada. Um «rombo» de três níveis, de «B+» para «CCC», ou seja para «extremamente especulativo».

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Redução dos juros é «favorável» para Portugal e Irlanda

A Fitch também se pronuncia sobre os efeitos das medidas acordadas na cimeira europeia para Portugal e para a Irlanda. Os dois países podem beneficiar da redução dos juros a pagar pelo empréstimo internacional e do prolongamento do prazo de reembolso.

É uma decisão «favorável para as dinâmicas de dívida pública e para o perfil de crédito da Irlanda e de Portugal».

[Notícia actualizada]

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