A Grécia foi esta terça-feira de manhã ao mercado, para se financiar. O país conseguiu colocar 1,6 mil milhões de euros em bilhetes do Tesouro a seis meses.
O valor colocado ficou acima dos 1.250 milhões inicialmente previstos, mas Atenas teve de pagar juros mais altos que no leilão anterior: a taxa fixou-se nos 4,73%, face aos 4,69% pagos em maio.
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A procura foi forte e representou 2,4 vezes a oferta.
Tal como Portugal, a Grécia não emite dívida de longo prazo enquanto está ao abrigo da assistência financeira internacional, ou seja, há dois anos que está fora dos mercados, emitindo apenas dívida de curto prazo.
Atenas recebeu já praticamente a totalidade do primeiro resgate internacional, tendo acordado com a troika um novo empréstimo, no valor de 130 mil milhões de euros. Dinheiro que só chega à Grécia quando o país se comprometer com a aplicação das medidas de austeridade acordadas com os credores externos.
Esse compromisso depende do resultado das eleições, que a Grécia vai repetir no próximo domingo, dia 17 de junho, depois de, na primeira votação, em maio, os partidos mais votados não terem conseguido formar Governo.
As últimas sondagens apontam para uma possível vitória do Syriza, o partido da esquerda radical, que quer «renegociar o acordo» com a troika, caso forme governo, mesmo depois de as entidades externas já terem dito que o mesmo não pode ser renegociado. Caso não possa renegociá-lo, o Syriza promete «rasgar» o acordo.
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