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Há «falta de transparência» na venda de produtos da dívida pública

Alerta é feito pela Deco

A associação para a Defesa do Consumidor (Deco) denunciou esta terça-feira que os consumidores que tentem contratar produtos da dívida pública à venda nas estações dos correios do país deparam-se com «informações escassas ou incompletas».

Numa investigação realizada pela Proteste Investe em dez estações dos CTT do país, a Deco apurou que, apesar de bem informados, os funcionários dos correios estão «pouco disponíveis» para esclarecer o consumidor e, como a informação é «escassa ou incompleta», a associação de defesa reclama uma ficha de informação normalizada para este tipo de investimentos, escreve a Lusa.

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De acordo com a próxima edição da revista Proteste Investe, os investigadores anónimos da Deco consideram que os funcionários dos CTT tinham a «lição estudada» quanto aos Certificados do Tesouro Poupança Mais, o novo produto de poupança do Estado, tendo a «maioria das características sido apresentada claramente».

No entanto, advertiu a Deco, nenhum disponibilizou para consulta a ficha técnica do produto, com informação sobre a rentabilidade, o prémio de permanência, o montante e o prazo mínimo do investimento.

«Na melhor das hipóteses, a informação verbal foi concretizada com uma brochura, que menciona que 'não dispensa a consulta da ficha do produto'», refere a associação da defesa do consumidor.

Segundo a investigação, em três das dez visitas, os funcionários chegaram mesmo a fazer recomendações financeiras ¿ algo que só profissionais habilitados pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários podem fazer ¿ e tentaram convencer os clientes-mistério de que os seguros Postal, da Fidelidade, eram melhores dos que os Certificados do Tesouro Poupança Mais.

Para a Deco, os produtos do Estado têm de estar sujeitos às mesmas regras de comercialização que todos os outros, dessa forma sugere criar uma ficha de informação normalizada, semelhante à que já existe nos depósitos, para os Certificados de Aforro e os Certificados do Tesouro Poupança Mais, e sujeitar a comercialização destes produtos à supervisão de uma entidade independente.

De acordo com a associação, os Certificados do Tesouro Poupança Mais interessam a quem pode investir a partir de mil euros durante dois a cinco anos e não quer correr riscos. Rendem 3% líquidos (sem o prémio) se mantiver a aplicação até ao fim.

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