O Estado italiano conseguiu colocar esta segunda-feira 3 mil milhões de euros num leilão de dívida com maturidade a cinco anos. Esse era o montante máximo previsto.
Ainda assim, a taxa de juro paga disparou para 6,29% - o valor mais elevado desde que o país aderiu ao euro - e ficou acima dos 5,32% que Itália pagou no último leilão do mês passado.
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Este foi, por isso, o primeiro leilão de dívida com Mario Monti à frente do Governo de Roma. O ex-comissário europeu foi ontem indigitado primeiro-ministro de Itália, depois de Silvio Berlusconi se ter demitido no sábado à noite.
Numa primeira reacção, as bolsas mostraram ânimo , já que a nomeação de Monti dá esperança aos mercados de que o plano de austeridade - entretanto aprovado - seja efectivamente implementado.
Os juros da dívida italiana estão também a reagir melhor esta segunda-feira, ao descerem - no mercado secundário - em todos os prazos. As obrigações do Tesouro a 10 anos estão a negociar nos 6,450%, depois de na semana passada terem superado a barreira dos 7%, um valor considerado «insustentável».
O banco central da Alemanha já veio dizer que o nível actual das taxas de juro italianas não constitui «por si só um grande problema».
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