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Juros a 10 em anos em mínimos de 2005

Amanhã haverá leilão de OT a 10 anos até 750 milhões de euros

Os juros das Obrigações do Tesouro (OT) de Portugal a 10 anos aliviam 13 pontos base para mínimos desde 2005, beneficiando das recentes medidas de estímulo monetário tomadas pelo Banco Central Europeu (BCE) e com o otimismo que o leilão de OT de amanhã será um sucesso, segundo dealers.

O benchmark para avaliar o risco soberano do país recua para mínimos de Setembro de 2005, recuando dos 3,4% da sessão anterior. A última vez que as OT portuguesas a 10 anos fecharam nos 3,27% t foi em 28 de Setembro de 2005.

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«É um valor bastante baixo, nunca pensei que pudessemos chegar a estes níveis», disse Paulo Rosa, trader da GoBulling no Porto.

«Esta queda impressionante dos yields tem ainda a ver com o pacote de ação monetária do BCE, mas também com o mercado a apostar que o leilão de amanhã, o primeiro no pós-troika, vai correr bem», acrescentou Paulo Rosa.

Em dia de Portugal, os investidores estarão atentos aos discursos dos membros do executivo e do Presidente da República para quaisquer sinais sobre se haverá instabilidade política que possa comprometer a trajetória de consolidação orçamental ou, pelo contrário, haverá algum alívio da recente tensão com o Constitucional.

Apesar dos recentes chumbos do Tribunal Constitucional a medidas de austeridade, que lançaram dúvidas sobre a estratégia de consolidação orçamental do país, as yields de Portugal têm acompanhado as suas congéneres da periferia, não tendo o prémio de risco sofrido grandes perturbações.

O Banco Central Europeu cortou a taxa de juro diretora e lançou uma série de medidas para injetar liquidez nas economias do euro, prometendo que fará mais se necessário para combater o risco de deflação, o que levou a um rally nas ações europeias.

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O pacote incluiu novas linhas de financiamento para os bancos, estando os analistas a prever que os fundos sejam utilizados para investir em dívida soberana de curto prazo da periferia que ainda oferece yields relativamente mais atrativos.

«O facto é que a liquidez vai chegar aos bancos e, assim sendo, eles serão sempre capazes de libertar recursos para outros investimentos, neste caso prevê-se que seja para dívida soberana da periferia», explicou o dealer da GoBulling.

O Tesouro fará amanhã um leilão de até 750 ME de OT a 10 anos, a segunda colocação de Bonds após em Abril ter regressado regularmente ao mercado e ter concluído o resgate em meados de Maio.

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