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Maré vermelha varre as duas costas do Atlântico

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Bolsas europeias registam quedas acima de 2% com receios de reestruturação de dívidas. Nos EUA, S&P ameaça cortar rating e afunda mercados

A bolsa de Lisboa viveu uma sessão negra esta segunda-feira, tal como as restantes praças da Europa. Os mercados de acções foram fortemente castigados pelos rumores de que Portugal e Grécia poderão ter de reestruturar a sua dívida. O PSI20 caiu 2,35% para 7.546,25 pontos, com todas as empresas no vermelho.

Os investidores temem que os dois países não consigam pagar as respectivas dívidas na data do seu vencimento, apesar da ajuda do FMI e da União Europeia, depois de alguns economistas terem dito que a reestruturação é apenas uma questão de tempo.

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Em Portugal, às tensões relacionadas com a reestruturação junta-se ainda a indisponibilidade do PCP, Bloco de Esquerda e d¿Os Verdes para negociar com a «troika», a equipa de técnicos do FMI, Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE), para chegar às medidas de austeridade que o país terá de aplicar em troca da ajuda.

Os juros da dívida pública reflectiram a incerteza e atingiram novos máximos em vários prazos. No prazo a 2 anos chegaram mesmo a ultrapassar os 11%.

O sector financeiro foi dos mais castigados, com o BPI a perder 3,55% para 1,25 euros, o Banif a ceder 3,05% para 73 cêntimos, tendo registado o mínimo desde 2004, o BCP a deslizar 2,64% para 55 cêntimos e o BES a recuar 2,48% para 2,79 euros.

Com quedas superiores a 3,5% fecharam ainda a Jerónimo Martins, que ficou nos 10,64 euros, a Semapa, a cotar nos 8 euros por acção e a Sonaecom, que vale 1,53 euros por título.

Na energia, a Galp caiu 3,32% para 14,55 euros, a EDP Renováveis desceu 2,84% para 4,93 euros e a EDP 1,79% para 2,75 euros.

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A Brisa registou o valor mais baixo desde 2009 e fechou nos 4,45 euros, com uma queda de 2,52 euros. A Sonae também recuou 2,18% para 81 cêntimos.

Lá por fora, o dia na restante Europa ficou marcado pelos mesmos receios. O índice italiano liderou as descidas e perdeu 2,92%, o francês caiu 2,35%, o alemão 2,05%, o espanhol 2,02% e o inglês, o único a ceder menos de 2%, deslizou 1,9%.

Nos EUA, a S&P ameaçou cortar o rating da dívida do país, o que também abalou a confiança dos investidores. O Nasdaq está em queda de 1,74% e o Dow Jones afunda 1,82%.

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