O risco da dívida de França e da Bélgica está a agravar-se esta quarta-feira nos mercados, numa altura em que a crise começa a ter efeitos também na Alemanha.
Primeiro, surgiu a notícia de que os governos da França e Bélgica estariam a negociar uma solução para o banco Dexia - que está em apuros - o que levou os juros da dívida da segunda maior economia do euro a ultrapassar os 3,6%, na maturidade a 10 anos. Isto na mesma semana em que a agência de notação Moody`s ameaçou baixar o rating do país, que se encontra em níveis máximos.
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Depois, foi a vez de sair o resultado do leilão de dívida da Alemanha, que não correu como se esperava. O Tesouro alemão apenas conseguiu colocar 60% das obrigações do Tesouro - a 10 anos - que pretendia, o que mostra que não são só os países periféricos a revelar dificuldades em emitir dívida no mercado obrigacionista.
As reacções não se fizeram esperar. A pressão alastrou-se, depois, a outros países do euro, com a Itália e a Espanha - dois países em risco de pedir resgate - a negociaram um juro próximo dos 7% na maturidade de longo prazo, um valor considerado insustentável.
O prémio de risco espanhol está a subir já pelo terceiro dia consecutivo, à espera de que o novo executivo do Partido Popular anuncie as medidas a tomar, depois da vitória no passado domingo nas eleições legislativas.
A pressionar os países da Zona Euro está a falta de entendimento sobre como poderá a Europa resolver a crise da dívida: se com obrigações europeias, se com o BCE como credor ou se com outras medidas.
Ângela MerkelPUB