A Moody`s cortou o rating de 16 bancos espanhóis e não de 21, como se previa. A decisão recaiu, entre outros, sobre o maior banco da Zona Euro, o Santander. Todos viram os seus ratings cortados em pelo menos um nível. Nalguns casos, chegou a três.
«A capacidade de o Estado espanhol providenciar suporte ao setor financeiro foi reduzida», justifica a agência de notação financeira.
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Há, no fundo, quatro razões para esta decisão: a recessão, a diminuição da credibilidade da dívida soberana do país, a deterioração dos ativos dos bancos e o acesso mais restrito ao financiamento dos mercados, cita a Reuters.
Os cortes só não foram mais profundos dada a capacidade de absorção do risco por parte das entidades visadas e graças à cedência de liquidez do BCE e ao apoio do Estado espanhol.
No entanto, esses fatores positivos foram esmagados pelas crescentes dificuldades criadas pela deterioração dos ativos que acabaram por levar à decisão de rever em baixa os ratings.
O Santander levou um corte de dois níveis, refletindo o impacto esperado nos lucros e na qualidade dos ativos do banco das fracas perspetivas económicas em Portugal e Espanha.
Outro dos bancos visados é o BBVA, o segundo maior banco de Espanha, cuja redução da nota reflete a exposição à deterioração do ambiente operacional. Fica ainda sob ameaça de novo corte.
Entre os bancos cortados está também o Caixa Bank, o Banesto, o BankInter, o Banco Popular e o Sabadell, estes três últimos com perspetiva negativa, que indica a possibilidade de nova revisão em baixa, em breve.
A agência de notação financeira baixou ainda o rating do Santander UK, no Reino Unido.
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