A agência de notação financeira Moody`s não mexeu no rating de Espanha. Confirmou em A3 a nota do país, apesar da revisão em baixa dos objetivos de redução do défice orçamental pelo governo de Madrid.
«Os objetivos mais fáceis de atingir [adotados pelo governo] não modificam a nota A3, acompanhada de uma perspetiva negativa, atribuída aos títulos do país, uma vez que a Moody`s tinha já integrado a possibilidade de um desvio face aos objetivos orçamentais iniciais, bem como de um abrandamento da consolidação das finanças públicas na sua análise do nível de solvabilidade do país», justifica a agência, num comunicado citado pela Lusa.
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De acordo com a tipologia da Moody's, A3 é o nível mais baixo das notas atribuídas aos emissores de dívida considerados sólidos. No entanto, o facto de a nota estar em perspetiva negativa significa que o rating agora atribuído poderá ser revisto em baixa.
A Moody`s alerta que o défice público continua a ser um «desafio» para a economia espanhola, considerando que o Governo terá que implementar este ano «ajustes fiscais significativos».
«Muitas medidas já foram identificadas mas não serão suficientes para alcançar o objetivo do défice».
Apesar de avaliar positivamente os passos dados já pelo Governo, a agência adverte: as medidas para dotar de liquidez as comunidades autónomas «não abordam as razões fundamentais da acumulação da dívida comercial».
Entre as correções necessárias contam-se «questões estruturais - como por exemplo o gasto sanitário - e os problemas de acesso aos mercados».
O governo espanhol, liderado por Mariano Rajoy, tinha tentado, no início de março, impor um novo objetivo do défice público de 5,8% do produto interno bruto (PIB), um valor abaixo do previsto.
Sob pressão dos parceiros europeus, Madrid acabou por aceitar um novo limite máximo para o défice, de 5,3% do PIB este ano.
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