Portugal está a pagar juros muito altos para se conseguir financiar no mercado e isso pode ser insustentável a longo prazo. É esta a opinião do presidente do Santander que adiantou ainda que o seu banco tem 2 mil milhões de euros em títulos de dívida portuguesa.
Os níveis de taxas de juros são suportáveis a médio-prazo, mas «são difíceis de suportar a longo-prazo», disse Nuno Amado, citado pela Lusa.
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Sobre a emissão sindicada feita pelo tesouro português na segunda-feira, a primeira do ano, em que foram colocados 3,5 mil milhões de euros em obrigações a cinco anos, o presidente do Santander Totta admitiu que a procura foi «positiva» mas que a taxa de juro paga, 360 pontos base acima da taxa de referência do mercado, foi «relativamente elevada».
Mesmo com juros altos, o responsável mostrou-se contrário à entrada do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal e sugeriu a procura de mecanismos de ajuda externa alternativos aos encontrados para a Grécia e para a Irlanda.
«O apoio externo que foi feito pelo FMI à Grécia e à Irlanda só resolveu alguma estabilização do risco soberano e mais nenhum aspecto. Há seguramente outras formas de fazer apoio externo, deveríamos tentar não seguir esse caminho».
Recorde-se que o Santander Totta apresentou hoje as contas de 2010. Os lucros desceram 17%.
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