A bolsa de Lisboa começou a semana da pior maneira possível: a afundar. As notícias de que o país está sob pressão dos parceiros europeus para pedir ajuda ao Fundo Monetário Internacional estão a deixar os investidores nervosos.
O PSI20 cai 2,33% para 7.231,95 pontos, com todas as empresas no vermelho, mais de metade com quedas acima dos 2%.
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Os mercados dão como certo que o país vai aceitar o resgate, mais cedo ou mais tarde e, se Portugal não tiver crédito nos mercados, certamente que a banca nacional também não conseguirá financiar-se. Por isso mesmo, os bancos são os títulos mais penalizados da praça.
O BCP lidera as descidas, ao mergulhar 5,56% para 51 cêntimos, o valor mais baixo de sempre. No mesmo sector, o BES e o BPI também estão em mínimos que já não eram vistos há mais de uma década. O BES desliza 3,88% para 2,55 euros e o BPI 4,11% para 1,26 euros.
No sector do retalho, a Sonae desce 3,23% para 72 cêntimos e a Jerónimo Martins 2,48% para 11,23 euros.
Nas telecomunicações, a PT cede 2,32% para 7,83 euros, com a Zon a perder 2,5% para 3,17 euros e a Sonaecom em baixa de 1,42% para 1,25 euros.
Na energia, nada melhor. A EDP recua 1,27% para 2,48 euros, a EDPR 2,25% para 4,28 euros e a Galp 1,44% para 14,05 euros.
Lá por fora, as restantes praças europeias estão a ser arrastadas pela situação de Portugal, que representa uma ameaça ao euro. Todas as bolsas do Velho Continente seguem no vermelho, com destaque para a vizinha Espanha, que regista a maior queda depois de Lisboa: 1,45%. É que há já quem dê como certo que, depois de Portugal pedir ajuda, será a Espanha a próxima vítima dos mercados.
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