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Petróleo caro: de quem é realmente a culpa?

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OPEP diz que não há razões de mercado para as atuais cotações. Tensões geopolíticas e especulação são algumas das culpadas

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) diz que os elevados preços do petróleo não podem ser explicados pelas leis da oferta e da procura. Para o cartel, o que está a empurrar os preços para cima são fatores geopolíticos, a perceção de escassez e, claro, a atividade especulativa.

Os especialistas da OPEP não encontram explicação para o elevado nível dos preços nas atuais circunstâncias do mercado, pelo que a subida das cotações, que se reflete no preço final dos combustíveis, deve-se antes a fatores geopolíticos e à perceção de uma escassez de petróleo. Receios que só são amplificados pela atividade especulativa.

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Um dos fatores apontados como responsáveis é a polémica em torno do programa nuclear do Irão, o segundo maior produtor de petróleo da OPEP e o quarto em todo o mundo, escreve a Lusa.

O barril de petróleo dos países da OPEP foi comercializando, em média, a 122,97 dólares em março, mais 4,7% do que em fevereiro, tendo na passada quarta-feira baixado para os 117,80 dólares.

Cartel mantém previsão de procura

A OPEP manteve esta quinta-feira a estimativa da procura mundial de petróleo em 2012, em 88,6 milhões de barris diários, mas alertou para a dificuldade de fazer prognósticos devido à incerteza e fragilidade da conjuntura mundial.

De acordo com o relatório mensal, conhecido esta quinta-feira, a OPEP estima um crescimento do consumo petróleo em 860.000 barris diários, um aumento de 0,97% em relação a 2011, realçando que existem «muitos desafios», entre os quais a fragilidade da Zona Euro.

«Quando a situação económica parece estar sob controlo, podem surgir novas preocupações [que põem em causa as estimativas], tendo em conta as eleições em França e na Grécia bem como o referendo na Irlanda ao pacto orçamental europeu», pode ler-se no relatório, citado pela Lusa.

Também a economia norte-americana, apesar de revelar sinais de crescimento, ainda enfrenta «um mercado laboral débil», enquanto o crescimento na China, Índia e Brasil está a abrandar.

Desde o primeiro prognóstico para 2012, realizado em 2011, a OPEP reduziu a estimativa da procura mundial de petróleo, de 1,3 milhões de barris diários para os 88,6 milhões de barris. Ao mesmo tempo, aumentou a oferta mundial de petróleo, tanto da OPEP como de fora, o que levou a uma subida considerável das reservas armazenadas da matéria-prima e seus derivados.

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