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Por que sobem e descem as bolsas?

Praça de Nova Iorque, a famosa Wall Street por ter assumido o nome da rua onde está sedeada, tombou e arrastou a Ásia e a Europa. Os especialistas dizem que não é uma crise e apostam na correção dos preços. E o cidadão comum, percebe?

Cada vez que as bolsas mundiais tremem ouve-se muito falar delas, mas pouco saberá o cidadão comum sobre o real motivo que despoleta este movimento. Por vezes, nem mesmos os entendidos saberão já que deduzem que seja por esta ou aquela razão que nem sempre se confirma. 

Afinal este é um jogo de expetativas à escala planetária. Daí advém o facto de o mercado de ações ser dos mais arriscados, onde se pode perder mais dinheiro, embora uma expetativa acertada já tenha feito milionárioscomo Warren Buffet.

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Quando investe, cada investidor, espera que venha a acontecer algo, com base na informação que tem hoje. Por isso dá ordem de compra, ou venda, de determinado título. Uma decisão que têm impacto no valor final desse título/ ação em bolsa.

Sobre a forma como este cálculo é feito, é melhor não irmos por aí, já que se baseia em algoritmos matemáticos, mas fica aqui uma pequena explicação de como tudo acontece para que entenda melhores fenómenos como o que ocorreu na passada segunda-feira. A praça de Nova Iorque, a famosa Wall Street por ter assumido o nome da rua onde está sedeada, tombou e arrastou a Ásia e a Europa. 

O que aconteceu?

Os mercados de ações em todo o mundo caíram acentuadamente. Nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones, o principal índice da bolsa norte-americana onde estão cotadas muitas das gigantes mundiais de vários setores -  experimentou a maior queda diária em sua história. Depois os mercados da Ásia e a Europa seguiram o exemplo. O mercado de ações trabalha 24 horas à volta do globo. Ou seja, quando fecha Nova Iorque abre a Ásia e quando encerra a Ásia acorda a Europa. É um efeito em cadeia, até porque muitas das empresas estão cotadas em vários índices que compõem estas bolsas.

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Por que esta queda segunda-feira?

Em parte devido aos receios de que os Estados Unidos esteja prestes a ser atingido pelo aumento da inflação. Com a redução de impostos, os resultados fortes nas empresas e o desemprego a baixar, a tendência será para a subida do consumo o que fará variar os preços em alta - a inflação. Por outro lado, com este cenário, o homónimo do Banco de Portugal, a Fed, do outro do Atlântico, pode optar por aumentar os juros pode haver, por esta via, um estímulo à poupança contra incentivo ao consumo. 

Por que isso assusta os investidores?

Porque quando as taxas de juro aumentam, tende a diminuir o crescimento das empresas. As empresas precisam de pagar juros da dívida, como os Estados, e isso pressiona os resultados. Mas o aumento das taxas de juro pode também significar que há outras opções para investir, que não no mercado de ações e que serão mais rentáveis. Algo como o que aconteceu esta semana fez-se logo sentir com o aumento da procura por ativos de menor risco, como o iene japonês, metais preciosos e dívida soberana dos EUA e da Alemanha.

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Como são feitas estas operações?

Muitas operações são feitas automaticamente por computadores, usando algoritmos muito complexos. Em momentos voláteis como este, o nervosismo é grande.

Esta é uma crise?

Não. Para já, ainda não. Os mercados de ações ainda estão em níveis historicamente altos, com muitas ações a cotarem a valores mais elevados do que aquilo que realmente valem. Algumas pessoas pensam que uma correção, como a grande queda desta segunda-feira, já veio atrasada.

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