As agências de notação financeira costumam trazer na bagagem só más notícias, nos últimos tempos, mas a Fitch veio esta terça-feira dar uma lufada de ar fresco aos mercados, ao dizer que «as preocupações sobre o risco de colapso na Zona Euro são amplamente exageradas».
Assinalando que tudo aponta para que o caminho para a saída da crise seja o dos «Estados Unidos da Europa», a Fitch indica também um «terceiro caminho», que passa por uma «rede institucional e financeira, que fica aquém de uma união orçamental», mas que será, contudo, «suficiente para prevenir um colapso».
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E os pilares para que isso aconteça já estão a ser construídos, por via do «fortalecimento da rede para políticas económicas coordenadas e para a disciplina orçamental».
Mais: o BCE «não tem outra escolha» senão continuará a intervir, concedendo financiamento, para dessa forma aliviar a pressão sobre os governos e sobre a banca.
Grécia entra em bancarrota, mas não sai do euro
Fica ainda o alerta, numa nota de análise publicada hoje, para a Grécia: «o fracasso em lidar «decisivamente com a Grécia continua a corroer a confiança na capacidade das instituições europeias» em gerir a crise. A Ficth acredita que a Grécia vai entrar em bancarrota - o chamado incumprimento -, mas não crê que o país abandone a Zona Euro.
Isso seria economicamente «irracional» e, se Atenas tomasse a decisão encorajada por outros Estados-membros ou se eles aceitassem a sua saída do euro, «seria um precedente infeliz» que poderia destabilizar «fatalmente» a credibilidade de toda a Zona Euro».
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