A bolsa de Lisboa viveu mais uma sessão para esquecer. O PSI20 fechou com todas as empresas no vermelho e caiu 2,57% para 7.751,95 pontos. Uma queda ultrapassada apenas pela praça grega, que deslizou 3,9%, mas acompanhada por várias outras praças europeias.
O corte de rating grego por parte da agência Moody¿s causou o caos nas bolsas europeias, numa sessão que já não estava a correr bem, depois de o Eurostat ter revelado que o défice da Grécia em 2009 foi, afinal, de 13,6% e não de 12,9%. A partir daí foi o descalabro.
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Moody¿s corta rating grego e não afasta nova descida
Sem surpresas, a banca esteve entre os sectores mais penalizados. Em Lisboa, o BES caiu 4,09% para 3,57 euros, o BPI 3,02% para 1,80 euros e o BCP 2,47% para 75 cêntimos, um valor que já não atingia há mais de um mês e meio.
Ainda assim, as quedas foram lideradas pela Galp. A petrolífera apresentou esta manhã dados provisórios sobre as vendas do primeiro trimestre, números que os analistas até consideraram positivos, mas nem isso chegou para animar os investidores. As acções caíram 4,94% para 12,60 euros.
No sector da energia, notas negativas também para a EDP, que cedeu 1,68% para 2,82 euros e para a EDP Renováveis, que caiu 1,79% para 5,37 euros.
Estamos mais sujeitos ao «contágio grego»
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Nas telecomunicações, nada melhor. A PT deslizou 2,64% para 8,27 euros, a Zon 2,23% para 3,68 euros e a Sonaecom 1,5% para 1,45 euros.
Com quedas acima de 4% fecharam ainda a Altri e a Inapa, e acima dos 2,5% a Brisa, Sonae Indústria e a Mota-Engil.
Mancha vermelha alastrou pela Europa e atravessou o Atlântico
O ASE, principal índice da bolsa grega, liderou as quedas na Europa, deslizando 3,9%. A bolsa portuguesa foi a que seguiu mais de perto o trambolhão do mercado grego e o PSI20 recuou também 2,57%.
A vizinha Espanha, também cada vez mais incluída nas chamadas «economias periféricas da Europa» e das mais contagiadas pela situação grega, dado o seu elevado défice orçamental, viu também o índice IBEX cair 2,19%.
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Em Itália, o FTSE MIB caiu também 1,86%. Com quedas menores, o CAC francês, o DAX alemão e o FTSE inglês, que deslizaram, respectivamente, 1,33%, 0,87% e 0,88%.
Do outro lado do Atlântico, os mercados norte-americanos não escapam à epidemia e também estão a ser contagiados. O Dow Jones cai 0,8% e o Nasdaq 1,03%.
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