O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que a espanhola Telefónica e os accionistas da PT conheciam a oposição do Governo ao negócio da brasileira Vivo e frisou que a «golden-share» do Estado é para ser usada quando necessário.
«A golden-share serve para ser utilizada quando é necessário», reagiu José Sócrates quando confrontado com a decisão do representante do Estado em relação à tentativa de compra da Telefónica de parte do capital da brasileira Vivo.
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Veja aqui a reacção dos partidos
Veja aqui a explicação do primeiro-ministro
José Sócrates falava aos jornalistas no final de uma sessão no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), tendo ao seu lado o ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos.
As declarações do primeiro-ministro foram proferidas quando se conheceu que o representante da posição estatal na PT anunciou na assembleia-geral que votou contra a venda da Vivo à espanhola Telefónica utilizando a «golden-share».
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«Todos os participantes sabem qual era a posição do Governo. A posição do Governo era a de que estamos perante uma questão estratégica fundamental para o desenvolvimento da Portugal Telecom», frisou o líder do executivo.
Num claro recado dirigido aos espanhóis da Telefónica, José Sócrates disse: «Quer os que queriam comprar, quer os que eram consultados na assembleia-geral da PT, todos os accionistas, em particular a Telefónica, sabiam qual era a posição do Governo e penso que a deviam ter em conta, porque quando o Governo fala está a interpretar, naturalmente como lhe compete, os interesses nacionais».
José Sócrates sublinhou depois que o Governo «sempre disse que esta oferta [da Telefónica] não cobria os interesses estratégicos que a Vivo representa para a PT».
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