Se durante as férias de Natal, «os europeus colocaram a crise da dívida soberana em espera», voltaram agora a «encarar a cruel realidade». É desta forma que a «The Economist» inicia o editorial da edição desta semana. Para a revista, chegou «a hora do plano B» para a Zona Euro.
Fundo europeu: Barroso está a «complicar»
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A região dos 17 países que partilham a moeda única é mesmo o tema de capa desta semana. No editorial, «The Economist» diz que «a estratégia» da Zona Euro para a crise da dívida «não está a funcionar» e que este «é o momento de os países insolventes reestruturarem as suas dívidas».
Não admira que Portugal seja o primeiro país citado neste texto, uma vez que tem sido encarado como o próximo na fila a ter de pedir ajuda externa à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional. «A 12 de Janeiro, Portugal foi forçado a pagar juros de 6,7% a dez anos». Foi «melhor do que se temia, mas por um preço que não se pode suportar por muito tempo». No dia deste leilão de dívida de longo prazo, a revista classificou Portugal como um «leitão» que foi ao mercado.
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Depois, diz ainda na sua edição desta semana, há a escalada nos juros da dívida belga e uma Espanha «pendurada».
Isto leva a uma «conclusão deprimente»: a estratégia da Europa não está a resultar, pretendia acalmar os mercados financeiros, mas a verdade é que os investidores acusam um nervosismo cada vez maior.
Se o plano A não está a resultar, diz esta revista, impõe-se a necessidade de um plano B. E este passa, irremediavelmente, pela reestruturação das dívidas de alguns países. Por insistência da Alemanha, a Grécia deverá ser a pioneira, mas Portugal e Irlanda podem muito bem não escapar a esta solução. Já Espanha, apesar de tudo, deve conseguir manter a sua dívida a níveis sustentáveis.
«Com taxas de juro assim, Portugal não deve pedir ajuda»
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