O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, disse esta terça-feira não estar preocupado com a queda do preço do petróleo, afirmando que o mais importante é como se gerem as receitas para «garantir o desenvolvimento do país».
«Não me preocupa. Já dei instruções para realizarmos estudos e consultarmos os especialistas. Não podemos tirar conclusões imediatas. Vamos acompanhar a questão».
«O que me compete agora é saber como vamos continuar a investir este fundo de petróleo para gerar rendimento e para consolidar o próprio fundo e o país».
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Esse valor é calculado com base num preço por barril de 107,9 dólares quando a cotação atual é inferior aos 50 dólares por barril, mais de metade da estimativa orçamentada.
«Dizem que os países da UE estão preocupadísssimos com a descida do preço do petróleo porque pode afetar o crescimento económico. Pergunto porquê e vejo que alguns países também recebem receitas dos investimentos que fazem no fundo».
«Mas temos que pensar de outra forma: quando (o então MNE australiana) Gareth Evans e (o seu homólogo indonésio) Ali Alatas assinaram o Tratado de Timor Gap para a exploração do Bayu Undan (a 11 de dezembro de 1989), o petróleo estava abaixo dos 18 dólares por barril».
«Somos hipócritas. Estamos a gritar para o mundo não fazer mais guerra mas era toda esta guerra, no Iraque, no Afeganistão, na Líbia, que estava a levar a esse aumento todo. E nós estávamos a beneficiar-nos da guerra, a beneficiarmo-nos do sofrimento dos outros».
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«Não quero ser levado só pela corrente do mais ou menos dinheiro. Temos que pensar no resto. Por isso, se calhar agora é uma excelente oportunidade para os investidores desenvolverem o nosso mar, a menor custo, sabendo que no futuro terão mais receitas».
Esta terça-feira, o Brent do Mar do Norte, em Londres segue a perder 1,64% para 48,04 dólares e, em Nova Iorque, o crude segue a afundar 4,58% para 46,46 dólares.
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