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Alemanha: confiança em mínimos de mais de dois anos

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Índice de confiança dos investidores caiu para 37,6 pontos negativos em Agosto face aos menos 15,1 de Julho

A confiança dos investidores alemães caiu em Agosto para um mínimo de mais de dois anos devido aos receios de que a crise da dívida na Europa possa conter o crescimento económico, segundo a agência de informação financeira Bloomberg.

O instituto ZEW divulgou esta terça-feira que o índice de confiança dos investidores, que visa prever a evolução da economia com seis meses de antecedência, caiu para 37,6 pontos negativos em Agosto face aos menos 15,1 de Julho.

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Este é o valor mais baixo desde Dezembro de 2008 e ficou mesmo abaixo das previsões dos economistas, que esperavam uma queda para 26 pontos negativos, segundo as estimativas dos economistas contactados pela Bloomberg.

O valor reflecte as preocupações sobre o efeito da crise da dívida soberana na Europa, o receio de uma nova recessão nos Estados Unidos e a incerteza sobre a economia global.

O Produto Interno Bruto (PIB) alemão cresceu 0,1 por cento no segundo trimestre após o avanço de 1,3 por cento nos primeiros três meses do ano. Na zona euro, o principal mercado para as exportações alemãs, abrandou para 0,2 por cento face aos 0,8 por cento dos primeiros três meses do ano.

Além da Europa, no resto do mundo também há sinais tempos menos favoráveis para a economia. O Japão cortou a sua previsão de crescimento para este ano devido a perspectivas mais fracas de exportação e a expansão da China desacelerou.

Nos Estados Unidos, o presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, sinalizou que poderá avançar com um novo programa de estímulo monetário para revitalizar a economia e ajudar a reduzir o desemprego de cerca de 9 por cento. A decisão pode acontecer já na sexta-feira.

Na Alemanha, o baixo nível de desemprego (7 por cento em Julho) pode levar a que o aumento do consumo das famílias compense a desaceleração das exportações, disse Aline Schuiling, economista sénior do ABN Amro, em Amesterdão, citada pela Bloomberg.

«A economia doméstica alemã ainda é mais forte do que a média da zona euro de pelo que isso a deve proteger um pouco do abrandamento global», disse Schuilinh, acrescentando que, no entanto, a questão é saber quanto tempo esta situação «vai durar».

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