O governador do banco central do México e candidato a director do FMI, Agustin Carstens, disse esta quinta-feira que a corrida contra Christine Lagarde ainda não acabou e acusou a Europa de não promover «um processo baseado no mérito».
«Lamentavelmente, desta vez a Europa não abraçou o espírito de um processo baseado no mérito», disse Carstens em Pequim, citado pela Lusa, depois de um encontro com o homólogo chinês, Zhaou Xiaochuan, e o ministro das Finanças, Xie Xuren.
PUB
«Isso não significa de modo nenhum que declare derrota. Não é o caso», acrescentou.
A ministra da Economia, das Finanças e da Indústria francesa, Christine Largarde, considerada favorita, esteve também em Pequim, há uma semana para explicar os objetivos da candidatura à liderança do Fundo Monetário Internacional.
«Não consigo compreender porque é que nesta ocasião a Europa pensa que, como os problemas estão na Europa, deve ser um europeu a ocupar o lugar (...) Penso que nestas circunstâncias, um não europeu seria melhor», comentou Carstens.
Desde a fundação do FMI, na década de 1940, o cargo de director tem sido sempre ocupado por um europeu.
PUB