Yannis Varoufakis assumiu a pasta das Finanças gregas em janeiro de 2015, depois do Syriza de Alexis Tsipras ter conquistado o direito de formar um novo Governo na Grécia. Seis meses depois despediu-se, após um referendo polémico, onde o povo votou contra as medidas dos credores.
PUB
O seu mandato como ministro grego das Finanças começou com uma volta pela Europa, para negociar com os parceiros estratégicos o futuro do programa de resgate e da dívida da Grécia. Uma volta que ficou marcada quer pelas viagens de Varoufakis em classe económica quer pela roupa que escolheu para o encontro com George Osborne.
PUB
Aliás, o estilo de Varoufakis acabou por marcar os meses em que esteve em funções e por levar o ex-ministro a responder a várias pessoas que o questionavam sobre as suas escolhas no Twitter. Utilizador assíduo das redes sociais, o ministro grego nunca se coibiu de dar a sua opinião quer no Twitter quer no seu blogue que, mesmo em funções, foi atualizando com regularidade.
2. Foi o caso do cachecol de luxo, escolhido pelo economista para a reunião do Eurogrupo de 11 de fevereiro, que despoletou uma chuva de críticas nas redes sociais. Até ao momento em que Varoufakis, de forma simples e clara, explicou a um dos seus seguidores no Twitter que se tratava de um presente que a mulher lhe tinha oferecido... há 12 anos.
PUB
PUB
4. Primeiro, afirmou que a sua presença irritava os parceiros, e depois decidiu publicar no seu blogue a versão integral dos seus discursos para pôr tudo em pratos limpos, descrevendo como "propaganda" as "fugas de informação maliciosas" que foram postas cá fora relativamente à sua intervenção. E voltou a fazê-lo, para revelar o discurso que fez na reunião em que viu rejeitado o pedido de extensão do programa de resgate à Grécia.
No entanto, não se ficou por aqui.
5. Perante o ultimato dos credores e face a um referendo na Grécia, Varoufakis voltou a atacar o Eurogrupo e acusou os ministros das Finanças da zona euro de terrorismo.
PUB
A poucas horas da consulta pública, o então ministro das Finanças afirmou que, se o 'sim' vencesse no referendo de domingo, isso significaria que a democracia estava em perigo, pois o medo teria vencido.
6. Acabou por vencer o ‘Não’ e Varoufakis pode assim manter os dois braços, uma vez que tinha afirmado que “preferia cortar um braço” do que assinar o acordo sem que este contemplasse o alívio da dívida. Manteve os braços, mas, mesmo com o ‘Oxi’ a arrecadar a vitória, demitiu-se para ajudar Tsipras nas negociações.
PUB
8. Em seis meses, tudo foi motivo para provar a irreverência do economista. Até a mota que o ministro grego usava para se deslocar. Sozinho ou com alguém à pendura - Euclid Tsakalotos foi um dos que andou à boleia do colega -, Varoufakis chegou mesmo a ser apelidado de "estrela de rock" pela sua escolha de transporte. Ainda esta segunda-feira, o ex-ministro das Finanças escolheu o veículo de duas rodas para abandonar o ministério das Finanças depois da sua demissão.
Uma estrela de rock que voltou a não ter papas na língua quando foi necessário defender a permanência da Grécia na Zona Euro.
PUB
9. Em declarações exclusivas à TVI, o responsável afirmou que as pessoas que colocavam o referendo na perspetiva de uma saída do euro “são muito tolas", porque "não há nenhuma regra" para a Grécia sair do euro.
10. economista surgia a mostrar «o dedo do meio» à Alemanha"E não há regra porque se começa a haver uma série de saídas, é o colapso”.
PUB