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«Corte da Moody's não teve fundamento económico»

Associação das empresas cotadas diz que corte da Moody's foi decidido sem factos novos «que pudessem justificar decisão»

A Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado (AEM) considerou esta quinta-feira que «não existe fundamento económico ou outra justificação para o corte realizado» pela Moody's ao «rating» de Portugal para nível de «lixo».

Para a AEM, associação fundada em Dezembro último e que integra na sua direcção os presidentes executivos (CEO) de algumas das principais empresas portuguesas, o corte da Moody¿s foi decidido sem factos novos «que pudessem justificar a decisão» e «numa altura em que estão em curso medidas de consolidação, em particular, ao nível da redução da despesa pública».

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Para AEM, «aqueles que agora decidiram sem factos e por razões que não são transparentes, deverão, quando confrontados com factos novos e sólidos, alterar a decisão agora tomada e voltar a aumentar, o mais rapidamente possível, o «rating» de Portugal e das suas empresas».

O director executivo da associação referiu ainda que espera que «o sentimento generalizado de repúdio com que a decisão cega e injusta da Moody¿s foi recebida, sirva de inspiração para os reguladores europeus se concentrarem naquilo que é verdadeiramente essencial para a defesa das economias, nacionais e europeias». Ou seja, explicou, «a regulamentação da actividade e de critérios de transparência das empresas de rating».

Assim, sublinhou, «os reguladores, em particular, o BCE e o Banco Europeu de Investimento» devem «deixar de utilizar as notações de rating destas empresas e assumirem os seus próprios critérios de decisão».

A AEM é uma associação sem fins lucrativos fundada a 15 de Dezembro último e constituída com vista à prossecução e defesa dos seus associados, ou seja, as entidades emitentes de valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado situado ou a funcionar em Portugal.

Actualmente integram a AEM todas as empresas emitentes e grupos empresariais listados no índice PSI 20 e da sua direcção consta o presidente Luís Palha da Silva (Jerónimo Martins), António Mexia (EDP), Francisco Pinto Balsemão (Impresa), Henrique Granadeiro (PT), Pedro de Almeida Gonçalves (Soares da Costa) e Vasco de Mello (Brisa).

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