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Governo reúne-se com fundos e insiste em vender o Novo Banco

Ministério das Finanças já se sentou, pelo menos, com o Lone Star, para definir em concreto as condições aceitáveis para uma venda. Na Assembleia, abre-se a segunda via: o PS quer que o PCP aceite nacionalização "temporária"

Ciente de que o calendário se está a esgotar, o Governo não desistiu de tentar uma venda aos atuais candidatos à compra do Novo Banco. E, nos últimos dias, já se reuniu pelo menos com um deles, o fundo norte-americano Lone Star.

Segundo o jornal Público, o Executivo decidiu assumir um papel "activo" no processo com o objetivo de "melhorar" as propostas que estão neste momento em cima da mesa. E com a justificação de que, apesar de o Banco de Portugal ter a responsabilidade formal pelas negociações, ter sido o ministro das Finanças quem marcou as cartas na mesa de negociações, ao assinar os termos da Carta de Compromissos que responsabiliza o Estado português com a venda face a Bruxelas.

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O problema é que as principais propostas que chegaram ao banco central não preenchem um dos requisitos que o Governo entende como fundamentais para poder aceitar a venda: quer o Lone Star, quer o fundo Apollo, exigem garantias do Estado português para fazer face a eventuais perdas resultantes dos ativos que não estão rigorosamente avaliados. A consequência estava expressa no comunicado divulgado pelo Banco de Portugal na semana passada: "A proposta do potencial investidor Lone Star é a que mais assegura estes objetivos mas apresenta condicionantes, nomeadamente um potencial impacto nas contas públicas". 

Porque esta condição não estava definida com precisão na Carta de Compromissos (a formulação usada era mais vaga no documento), Mário Centeno deu uma entrevista no dia das decisões do Banco de Portugal em que a tornou expressa a todos os concorrentes. E decidiu depois envolver o Ministério das Finanças nas conversas, de forma a tornar as condições claras para as negociações seguintes: é que uma necessidade adicional de dinheiros públicos implica uma possível "ajuda de Estado" aos olhos de Bruxelas, o que teria implicações que o Governo não quer arriscar.

Com o principal concorrente a mostrar de imediato plena disponibilidade para negociar, é nesta fase que o processo de encontra, diz o mesmo jornal.

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