A administração da CP afinal vai manter a ligação ferroviária Porto - Vigo.
A decisão surge depois da congénere RENFE ter acedido a suportar os custos do serviço em território espanhol, disse à Lusa fonte da empresa portuguesa.
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A Red Nacional de los Ferrocarriles Españoles (RENFE) decidiu assim «suportar a totalidade dos custos da exploração ferroviária entre as cidades espanholas de Tui e Vigo», pelo que a CP vai manter aquele serviço «sem alterações».
«O serviço será feito, nos moldes atuais, com o comboio da CP, mas pago, em território espanhol, pela RENFE», sublinhou fonte da administração da CP.
Esta decisão surge um dia depois da empresa portuguesa ter anunciado levar a ligação até Tui, do outro lado da fronteira com a Galiza, e não apenas até Valença, como antes tinha previsto.
Em território galego, a maior dificuldade prende-se com a ligação entre Tui e Porriño, com um total de 12 quilómetros que serve apenas o serviço internacional português.
A supressão desta linha estava prevista para este domingo.
Todos os anos, a CP diz transportar cerca de 15.500 passageiros no troço Valença/Vigo, que começa no Porto, duas vezes por dia, de segunda a domingo.
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No entanto, acrescenta a fonte, a mesma ligação apresenta um défice anual de 235.000 euros.
O Ministério do Fomento espanhol confirmou, ainda na sexta-feira, o acordo alcançado entre as duas transportadoras, mas adiantou que para já só será válido até final de Setembro.
Citado por vários órgãos espanhóis, o secretário de Estado dos Transportes, Isaías Táboas, explicou que até lá, a operadora pública espanhola vai estudar «com que material e serviços» será mantida a ligação, depois dessa data.
Em cima da mesa do Governo espanhol estarão hipóteses como a Renfe criar um serviço próprio entre Tui e Vigo, que atualmente não existe tendo em conta que a ligação da estação de Porriño à fronteira com Portugal é um ramal, de 12 quilómetros, da linha principal (Vigo-Ourense).
Outra hipótese será prolongar o acordo agora alcançado com a CP, com custos anuais que a empresa portuguesa já estabeleceu em 450 mil euros.
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