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Audiências: agências de meios só reconhecem dados da GfK

APAME diz que só pode haver um sistema e pede tranquilidade nesta fase de transição

A Associação Portuguesa de Agências de Meios (APAME) considera que «só pode existir um único sistema de medição» de audiências e que tem de ser validado pela CAEM, pois é o «único reconhecido» pela entidade.

Esta quinta-feira, a TVI anunciou que não valida as audiências da GfK e que deverá reunir-se na próxima semana com a Marktest para procurar uma alternativa. Mas, atualmente, a única entidade reconhecida e validada pela Comissão de Análise e Estudos de Meios (CAEM )é a GfK, que iniciou as medições de audiências em Portugal no início deste mês e que tem estado no centro de uma polémica, tendo a RTP como uma das principais vozes críticas.

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Nesta sequência, a RTP manifestou-se do lado da TVI, enquanto a SIC e a Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) teceram críticas e defenderam que qualquer solução para os problemas que têm sido detetados na medição de audiências deve ser tratado no seio da CAEM, órgão autorregulador que reúne os operadores de televisão, anunciantes e agências meios.

Já hoje, em comunicado, a APAME «defende que é no seio da CAEM que este tema deve ser discutido e abordado e continua empenhada que assim seja».

Por serem as audiências uma «métrica fulcral» para a medição e o funcionamento económico do mercado, a APAME «defende que só pode existir uma única moeda de troca, ou seja, um único sistema de medição que sirva para esses fins, e que tal sistema tem de ser definido e validado pela CAEM, pelo que esse também é o único reconhecido pela APAME».

O presidente da APAME, Alberto Rui Pereira, adianta ainda que a direção da entidade irá reunir-se na próxima semana. Também para a próxima semana está prevista uma reunião dos elementos da CAEM.

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No comunicado, a APAME diz ver «com preocupação o anúncio tornado público na quinta-feira, por dois dos operadores de televisão, a propósito do sistema de medição de audiências em Portugal».

«Passando neste momento o mercado de televisão por uma fase de transição de sistemas de medição de audiências, com todas as dificuldades inerentes a estas fases, considera a APAME que se deve manter a tranquilidade e o espírito construtivo que as mesmas requerem, e reafirma o seu forte empenho para que, no seio da CAEM e em conjunto com os restantes parceiros, se trabalhe na consolidação de um sistema de medição credível e de excelência», conclui.

Nova Expressão demarca-se

A Nova Expressão, Planeamento de Media e Publicidade demarcou-se da posição assumida pela APAME, já que o «assunto não foi discutido pelos seus membros e há fortes reservas» técnicas sobre as audiências da GfK.

Numa nota, o diretor-geral da Nova Expressão, Manuel Falcão, sublinha que «o presidente da Associação de Agência de Meios emitiu um comunicado sobre a polémica em torno das audiências que apenas reflete a sua própria posição».

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Isto porque o comunicado «insinua uma posição comum das agências de meios sobre a conjuntura atual, que nem foi debatida em sede própria, nem existe».

Segundo Manuel Falcão, «não se realizou nenhuma reunião da direção da APAME (está marcada para segunda-feira), o assunto não foi discutido pelos seus membros e há reservas fortes, do ponto de vista técnico, de várias agências de meios, entre as quais a Nova Expressão, sobre o sistema de medição da GFK que está em funcionamento».

Por isso, considera que «é abusivo falar-se de uma posição comum das agências de meios neste caso».

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