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Aviões: Salvador Caetano investe 15 milhões

Projeto para fabrico de peças para aviões está avaliado em 75 milhões de euros

O acordo que foi assinado esta quarta-feira entre a Salvador Caetano e a Airbus prevê um investimento de 15 milhões de euros nos próximos anos por parte da empresa portuguesa, que vai produzir diversos componentes aeronáuticos metálicos e em material compósito.

Esta «entrada no mundo da aeronáutica» envolverá cerca de 600 trabalhadores, direta e indiretamente, nota a empresa num comunicado citado pela Lusa.

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Os novos componentes serão produzidos nas atuais instalações da Salvador Caetano em Gaia e em Ovar, «aproveitando as capacidades de engenharia instalada e as competências desenvolvidas ao longo dos mais de 60 anos de atividade industrial».

Válido por seis anos, o acordo é «a porta de entrada do grupo Salvador Caetano numa nova área de atividade, que possui imensas sinergias com a atual atividade de produção de autocarros, nomeadamente na engenharia e processos de fabrico».

O presidente da Salvador Caetano Indústria, José Ramos, assinala que a participação da empresa nesta iniciativa com a Airbus «demonstra a permanente procura de novas oportunidades de negócio e áreas de atividade, onde a nossa capacidade técnica possa ser útil a parceiros com interesses comuns. Nesta plataforma de entendimento é pressuposto podermos canalizar toda a nossa experiência no ramo industrial em prol de um desafio ambicioso e apaixonante, como é o lançado pela indústria da aviação».

O objetivo é «investir continuamente na indústria e na criação de postos de trabalho de elevada qualificação e valor acrescentado».

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O valor do investimento «os próximos anos» nesta nova área de negócio «será de cerca de 15 milhões de euros».

No total, o contrato, hoje assinado, prevê um investimento partilhado entre a Salvador Caetano e a Airbus Military num projeto avaliado em 75 milhões de euros, sendo que a secção de engenharia ficará em Vila Nova de Gaia e a linha de produção em Ovar.

Entretanto, o Governo garantiu que a renegociação do contrato de contrapartidas associado à compra de seis aviões C-295 em 2006 representa um ganho de 20% para a economia nacional.

O ministro da Economia e Emprego assinou com a Airbus Military uma adenda de renegociação do contrato de contrapartidas associado àquele contrato que compromete o construtor aeronáutico com investimentos diretos e encomendas à indústria portuguesa «superiores a 100 milhões de euros», mas com efeitos «multiplicadores» na economia nacional superiores a 400 milhões de euros.

O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar Branco, garantiu mesmo que o Estado conseguiu com a renegociação destas contrapartidas - cuja execução se encontra ainda em 10 por centro dos valores contratados - «um aumento de 20%», em relação ao valor acrescentado nacional (VAN) no contrato inicial, que era de 460 milhões de euros.

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No dia em que é formalmente extinta a Comissão Permanente de Contrapartidas - cujas funções passam a ser assumidas pela Direção-Geral das Atividades Económicas, na tutela do MEE - Álvaro Santos Pereira fez questão de sublinhar que «a adenda de renegociação» do contrato de contrapartidas do C-295 «representa uma nova fase» destes negócios em Portugal.

«Onde havia dificuldade em medir o impacto na economia ou na capacidade industrial portuguesa, passa a existir um enfoque num número limitado de projetos âncora, com elevado potencial de exportação».

E, avisou, «o Estado será intransigente na defesa do interesse nacional e no cumprimento integral dos contratos que assina».

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