O setor financeiro só soube durante o fim de semana que ia ser chamado a resgatar o Banco Espírito Santo, apoiado num empréstimo do Estado, o que apanhou de surpresa a generalidade dos banqueiros portugueses, escreve o Público.
Foi apenas na véspera do anúncio que os banqueiros da CGD,
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BCP e Santander foram informados pelo Banco de Portugal de caminho adotado para «salvar» o BES, uma solução que envolvia o sistema e que não espera esperada pela banca.
Alguns responsáveis financeiros consultados pelo jornal admitiram que apesar de esta ser uma solução compreensível, já que evita que os contribuintes sejam penalizados, é «moralmente inaceitável», já que a banca é chamada a responsabilizar-se pela dívida de Ricardo Salgado.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) está a investigar a negociação de títulos do BES até ao momento em que as ações foram suspensas, na sexta-feira passada, para saber se foi usada informação privilegiada na transação dos títulos.
O regulador dos mercados financeiros emitiu esta segunda-feira um comunicado a propósito do processo relacionado com o BES em que, num dos pontos, afirma que «abriu um processo de investigação aprofundada da negociação dos títulos do BES, nomeadamente, no dia 1 de agosto, para apurar a eventual existência de indícios de violação do dever de defesa do mercado e/ou de crime de utilização de informação privilegiada até ao momento em que a CMVM determinou a suspensão da negociação».
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