Os quatro bancos portugueses avaliados pela Autoridade Bancária Europeia (EBA na sigla do inglês) superaram as metas de capital exigidas pelo regulador europeu até junho, anunciou o Banco de Portugal (BdP).
Após a EBA ter anunciado esta quarta-feira que os bancos europeus reforçaram o seu capital em mais de 200 mil milhões de euros entre dezembro de 2011 e junho de 2012, o BdP informou que também que a CGD, BCP, BPI e ESFG ( holding que detém o BES) levaram a cabo medidas de capitalização que «permitiram atingir, em 30 de junho de 2012, os objetivos de capital regulamentar core tier 1 fixados pela EBA, depois de uma avaliação prudente, a valores de mercado, das exposições a dívida soberana detidas em 30 de setembro de 2011», cita a Lusa.
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A EBA exigiu aos bancos que atingissem, até final de junho, um rácio core tier 1 (a medida mais eficaz de avaliar a solvabilidade de um banco) de 9%.
A entidade liderada por Carlos Costa divulgou que, de acordo com as regras da EBA, a CGD tinha a 30 de junho um core tier 1 de 9,6%, o BCP de 9,7%, o BPI de 9,4% e a Espírito Santo Financial Group (ESFG) de 9,6%, em todos os caso acima dos 9% exigidos.
No banco público, a recapitalização foi feita através de uma injeção de 1650 milhões de euros pelo acionista único, o Estado.
Já o BCP recorreu a um empréstimo obrigacionista do Estado de três mil milhões de euros. No BPI, o empréstimo do Estado foi de 1500 milhões de euros, tendo, entretanto, o banco já amortizado 200 milhões após o aumento de capital recentemente efetuado.
Já a ESFG fez um aumento de capital de 1.510 milhões de euros com recurso a investidores privados.
Estes bancos têm ainda de atingir até final do ano um rácio de capital de 10%, mas de acordo com as regras do BdP. Na sua nota, o banco central lembra que segundo as suas regras (e tendo em conta dados de junho) a CGD tinha um rácio de capital de 11,7%, o BCP de 12,1%, o BPI de 14,5% e a ESFG de 9,9%.
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Os bancos deram também conta das conclusões da EBA em comunicados enviados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), acrescentando ainda factos novos, dado a evolução da sua situação.
Segundo o BPI, se a sua necessidade de capital fosse hoje contabilizada, esta «diminuiria de 1.184 milhões de euros em 30 de setembro de 2011 para 703 milhões de euros em 30 de setembro de 2012, o que corresponde a uma melhoria de 481 milhões de euros».
O BCP afirmou que, após o aumento de capital de 500 milhões de euros concluído terça-feira, ficou com um rácio core tier 1 de 10,6% de acordo com as recomendações da EBA.
Já o BES, que consolida dentro da ESFG, disse que tinha um rácio de 9,9% em junho de 2012 e 10,5% de acordo com o BdP, graças ao aumento de capital levado a cabo em maio.
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