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«Bancos portugueses são vítimas da crise da dívida»

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Carlos Costa garante que «estabilidade do sistema financeiro português é a prioridade»

A delicada situação em que se encontra a banca portuguesa, que apresentará pela primeira vez prejuízos num exercício, deve-se à crise da dívida pública na Europa, considerou esta sexta-feira o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

«Os bancos portugueses são vítimas da crise da dívida», afirmou o responsável, na sua intervenção numa conferência promovida esta manhã, em Lisboa, pela Associação Portuguesa de Bancos (APB). O governador disse ainda que «Falhar não é uma opção» para a moeda única.

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O responsável disse mesmo que sem os factores extraordinários que os bancos tiveram de incluir nas contas de 2011, estes teriam tido lucro no ano passado, ainda que abaixo do resultado de anos anteriores.

Segundo o governador, apesar de estarem há muito tempo sem acesso ao mercado de financiamento e de estarem sujeitos a um processo de rápida desalavancagem, ao mesmo tempo que reforçam os capitais face às novas exigência postas ao sector bancário europeu, os bancos portugueses têm mostrado «uma resiliência notável perante as actuais circunstâncias».

Carlos Costa disse que «a estabilidade do sistema financeiro português é a prioridade» do Banco de Portugal, entidade que, segundo o governador, «respondeu rapidamente com uma estratégia destinada a garantir a resiliência do sistema financeiro português».

E apontou para as medidas que já estavam a ser implementadas e que foram reforçadas depois do acordo assinado com a troika.

Entre elas, as directivas para que os bancos portugueses aumentem a sua base de capital, a protecção da liquidez do sistema e o reforço da supervisão.

A desalavancagem, feita sobretudo a partir da venda de activos não estratégicos, está em curso e é, segundo Carlos Costa, uma «preocupação» do Banco de Portugal.

O governador elogiou a forma como decorre este processo, sublinhando que o rácio de créditos sobre depósitos da banca portuguesa desceu dos quase 170 por cento em que se encontrava em Junho de 2010, sendo o objectivo alcançar os 120 por cento até ao final de 2014.

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