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BBVA: «Portugal e Espanha não precisam do resgate do FMI»

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Banco espanhol confia na capacidade de os governos dos dois países colocarem finanças em ordem

Portugal e Espanha recorrerem a ajuda externa é um cenário afastado pelo administrador delegado do BBVA Portugal. Alberto Charro está confiante na capacidade de os dois governos conseguirem colocar em ordem as suas finanças públicas.

«Nem Espanha, nem Portugal precisam de acudir a um resgate do Fundo Monetário Internacional (FMI)», disse em entrevista à agência Lusa o banqueiro espanhol.

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«Há ataque especulativo para destruir o euro»

«Os governos [ibéricos] têm estado a fazer o seu papel, com maior ou menor profundidade, e com maior ou menor atraso, mas o facto é que as economias de Portugal e de Espanha são sustentáveis».

Guerra nos depósitos prejudica economia

O banqueiro espanhol teceu ainda considerações sobre o pagamento aos clientes de taxas elevadas nos depósitos, algo que considera ser nocivo para a economia, porque quanto mais se paga nos depósitos, mais caro é o crédito.

«Nós achamos que pagar em excesso os depósitos não é bom para a economia dos países e para a economia da Zona Euro.

Porque pagar em excesso nos depósitos resulta numa perda de graus de liberdade da política monetária».

Segundo Alberto Charro, «quando os spreads pesam muito mais do que as taxas base, qualquer movimento do Banco Central Europeu (BCE), de aumento das taxas de juro, ou de aumento da massa monetária, deixa de ter efeitos na economia e isso não é bom. Perde-se flexibilidade nos efeitos da política económica» na Europa.

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BBVA cresce quatro vezes mais

Nesta mesma entrevista, este responsável revelou que o BBVA está a crescer quatro vezes acima da sua quota de mercado em Portugal.

O banco pratica das taxas mais baixas no crédito à habitação e tem obtido facturações muito superiores à sua quota natural de 2%. «Temos uma quota de rede entre 1,5 e 2%, e estamos com facturações na faixa dos 8% do mercado. Alguns meses mais, outros menos, mas com quotas que estão a crescer ao longo do tempo».

Números que reflectem «não só a competitividade dos preços praticados e a conveniência dos produtos comercializados, mas também porque, segundo o que dizem os clientes, hoje, é mais simples obter um crédito à habitação no BBVA do que nas outras entidades da concorrência».

BPN não está na agenda

Alberto Charro descartou ainda o investimento na aquisição de instituições financeiras no país. «A nossa estratégia de crescimento em Portugal é de crescimento orgânico e estamos a investir muito dinheiro em transformar a nossa rede de distribuição em Portugal, com as equipas que temos, para crescer».

Nem o BPN, que ainda não encontrou comprador, poderá estar na mira do BBVA? «Nós procuramos clientes, não procuramos maiores estruturas».

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