O BCP vai começar a pagar o empréstimo de 3 mil milhões de euros que solicitou ao Estado em 2014. A primeira tranche de reembolso será de 500 milhões de euros.
Num comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco liderado por Nuno Amado refere prevê que «a emissão de instrumentos híbridos no montante estimado de 3.000 milhões de euros» a serem subscritos pelo Estado comecem a ser reembolsados «já em 2014 e até ao final de 2016».
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As parcelas devolvidas serão então de 500 milhões em 2014, valor que sobe para mil milhões em 2015 e 1.500 milhões no ano seguinte.
O banco faz notar que esse é o calendário previsto, «sem prejuízo da flexibilidade que assiste ao banco de o fazer até 2017».
O BCP marcou uma assembleia geral extraordinária para o próximo dia 25 de junho para os acionistas votarem o plano de recapitalização. No mesmo comunicado, indica que o reembolso dos 3 mil milhões será feito através da eliminação de dívida soberana (848 milhões de euros) e geração orgânica de resultados (2.472 milhões de euros).
O BCP volta a frisar que o montante em causa destina-se «a satisfazer necessidades de capital determinadas por impactos eminentemente exógenos», com um «caráter temporário» e para fazer face «às exigências previstas no âmbito de Basileia III», as novas regras para solvabilidade da banca.
Para atingir estes objetivos, o BCP adianta uma inversão na política de dividendos até 2016: «Tendo em consideração, por um lado, os princípios de prudência de gestão do capital e, por outro, a implementação de regras de capital e o investimento público, prevê-se a suspensão temporária, durante a vigência deste plano, da política histórica do banco, que consistia na distribuição de cerca de 40% dos resultados líquidos dos exercícios sobre a forma de dividendos».
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