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BCP soma prejuízos de 544,3 milhões no semestre

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Resultado supera as previsões dos analistas que apontavam para prejuízos de 500 milhões

O Millennium bcp somou prejuízos de 544,3 milhões de euros no primeiro semestre do ano, revelou esta sexta-feira o banco em comunicado ao regulador do mercado. O banco foi penalizado pelas imparidades da sua subsidiária na Grécia e em Portugal, com as provisões para o crédito malparado a subirem e a margem financeira a cair.

O resultado foi pior do que o antecipado pelos analistas contactados pela Reuters, que apontavam para prejuízos de 500 milhões de euros.

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O presidente do banco, Nuno Amado, explicou, em conferência de imprensa, citado pela Lusa, os prejuízos com as «imparidades em Portugal de 534,4 milhões de euros e pelas imparidades para perdas estimadas e resultados associados à operação na Grécia de 502,2 milhões de euros».

«Os resultados não são os desejados, mas são os esperados», disse Nuno Amado aos jornalistas, na sede do banco, em Lisboa.

A provisão de 450 milhões de euros feita pelo BCP no segundo trimestre, para se precaver contra o risco da exposição à Grécia, é a responsável pela fatia de leão dos prejuízos.

Esta imparidade para os riscos gerais da Grécia, onde o BCP tem uma operação bancária, já estava prevista no plano de recapitalização do banco, que prevê o recurso à linha de financiamento da troika, no valor de 3 mil milhões de euros e um cash call de 500 milhões.

Nuno Amado referiu que esta imparidade foi «um número considerado adequado», após a análise às contas da subsidiária, frisando que «pode afetar a rentabilidade» mas que «é pouco provável que possa ter efeito nos rácios de capital do banco».

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O banco nota ainda que o rácio de crédito vencido a mais de 90 dias subiu 6,1% do crédito total em junho de 2012, contra 3,8% no mesmo mês do ano passado.

O rácio corte tier 1 subiu para 12,1% no final de junho, uma melhoria face aos 8,5% do ano passado, cumprindo assim os requisitos da EBA e do Banco de Portugal.

«O mais importante é a posição de capital e liquidez do banco. Isso é que é o essencial da minha perspetiva para a confiança no banco», disse Nuno Amado, citado pela Reuters.

O responsável explicou ainda que o gap comercial - crédito líquido menos depósitos - melhorou em cerca de 7,8 mil milhões de euros, ao mesmo tempo que destacou as «menores necessidades de refinanciamento a curto, médio e a longo prazo» que o banco sente atualmente.

No primeiro semestre de 2012, o banco amortizou 4,9 mil milhões de euros de dívida, ficando apenas com 600 milhões para amortizar na segunda metade do ano.

A margem financeira registou uma queda homóloga de 27%, para 593 milhões de euros, enquanto Nuno Amado espera «alguma estabilização algures no final deste ano para descer depois».

as ações do BCP fecharam a sessão desta sexta-feira a perder 1,06%, para os 0,093 euros por papel, ainda sem reagir a estes resultados.

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