O BES registou prejuízos de 109 milhões de euros no ano passado, o que compara com lucros de 510,5 milhões de euros em 2010, anunciou o banco em comunicado. O valor é muito pior do que os analistas previam (perdas de 30 milhões de euros).
Estes foram também os piores resultados de sempre do banco e devem-se sobretudo à transferência do fundo de pensões do banco para a Segurança Social, que lhe custou prejuízos de 107 milhões.
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Sem os factores não recorrentes, o resultado teria sido positivo em 166,6 milhões de euros.
O BES reforçou imparidades em 848 milhões, ou seja, mais 59% face a 2010. Já a transferência para a Segurança Social das responsabilidades com pensões levou ao apuramento de um prejuízo de 107 milhões de euros.
«A persistência de um clima de incerteza e riscos elevados na Zona Euro, a prossecução do processo de deleveraging do sistema financeiro português, a obrigatoriedade de reforço dos níveis de capitalização dos bancos nacionais, a utilização de critérios mais conservadores no cálculo da imparidade e a transferência das responsabilidades dos fundos de pensões dos bancos nacionais para a Segurança Social, condicionaram fortemente a actividade e os resultados do Grupo BES, com especial incidência na sua componente de negócio doméstico», diz o comunicado.
Na verdade, o BES registou prejuízos de 270 milhões de euros na actividade doméstica, face ao lucro de 306 milhões de euros em 2010. No entanto, nas suas actividades no estrangeiro, os resultados foram positivos, em 160,8 milhões. Mesmo assim, uma queda de 21%.
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Sem os factores não recorrentes, o resultado teria sido positivo em 166,6 milhões de euros.
O BES reforçou imparidades em 848 milhões, ou seja, mais 59% face a 2010. Já a transferência para a Segurança Social das responsabilidades com pensões levou ao apuramento de um prejuízo de 107 milhões de euros.
Os depósitos de clientes subiram 11% para 34 mil milhões de euros, enquanto o crédito caiu 2,7% para 51,2 mil milhões.
Por seu lado, o produto bancário caiu 19% em 2011, a margem financeira subiu para 1,18 mil milhões de euros e a rendibilidade dos capitais próprios foi negativa em 0,1%.
Em conferência de imprensa, o presidente do banco considerou que os resultados «não foram nada brilhantes» mas também «não foram maus de todo». Se o banco não tivesse vendido toda a dívida pública grega que detinha a tempo, podia ter sido pior, disse Ricardo Salgado.
No fim de 2011, o banco apresentava um rácio de capital próprio ( core tier one) de 9,2%, acima dos 9% impostos pelo Banco de Portugal.
O BES pagou 30,5 milhões de euros de imposto extraordinário no ano passado, revelou ainda Ricardo Salgado, que classificou a taxa como «um imposto cego» que incide sobre os bancos «independentemente dos resultados».
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