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BES: «Tem de haver punições severas», diz ministra das Finanças

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Maria Luís Albuquerque afirma que responsabilidades têm que ser apuradas e tem que ser feita justiça

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, defendeu esta segunda-feira em entrevista à «SIC» que os responsáveis pela gestão danosa do BES, que culminou com a intervenção do Banco de Portugal, devem ser julgados judicialmente.

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«Tem que haver punições severas. Tem que haver uma investigação judicial. Têm de ser apuradas responsabilidades e feita justiça», declarou a governante.

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Maria Luís Albuquerque diz que todas as hipóteses de resgate do BES foram discutidas e que o Estado optou pela que melhor se ajustava à conjuntura atual, embora reconheça que «não existem soluções sem risco».

«Intervencionar todo o banco seria um novo BPN», esclareceu a ministra, adiantando que, «uma falência de um banco desta dimensão teria consequências muito gravosas para a economia».

Quanto às perdas que os investidores são obrigados a assumir, Maria Luís esclarece: «Não há nenhuma intenção de penalizar esses pequenos investidores que não tiveram influência, mas não podemos agora estar a distinguir tudo. Os investidores ganham quando há lucro, perdem quando há prejuízo».

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No que respeita à imagem de Portugal no estrangeiro, Maria Luís Albuquerque desvaloriza. «Os investidores/observadores sabem que este tipo de casos graves acontecem em qualquer país».

O BES, tal como era conhecido, acabou este fim-de-semana, com o Banco de Portugal a criar o Novo Banco, que fica com os ativos bons e recebe 4.900 milhões de euros, e a colocar os tóxicos num 'bad bank'.

O capital é injetado no Novo Banco através do Fundo de Resolução bancário, criado em 2012, para ajudar a banca a resolver os seus problemas. Como este fundo é recente e só tem 380 milhões de euros, a solução encontrada passa por ir buscar o valor restante ao dinheiro da troika destinado ao setor financeiro - estão disponíveis 6,4 mil milhões de euros - e cerca de 100 milhões poderão vir ainda de uma contribuição extraordinária dos outros bancos do sistema.

Já os ativos problemáticos do BES, caso das dívidas do Grupo Espírito Santo e a participação maioritária no BES Angola, ficam no chamado 'bad bank' ('banco mau').

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