A Privado Holding (PH), dona do BPP, considerou esta terça-feira que a decisão da Comissão Europeia lhe dá inteira razão, ao considerar ilegal a ajuda estatal ao banco, sem plano de reestruturação, e responsabilizou o Governo pela falta deste plano.
«Esta decisão de Bruxelas foi desde sempre antecipada como provável pela PH, pelo que não constitui qualquer surpresa», disse fonte oficial do grupo à agência Lusa.
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«A decisão de Bruxelas vem ainda dar inteira razão à PH, que sempre disse que o saneamento e recuperação do Banco Privado Português (BPP) era o único caminho a seguir face ao aval do Estado ao empréstimo dos 450 milhões», acrescentou a mesma fonte.
A Comissão Europeia concluiu hoje que a concessão de uma garantia do Estado sobre o empréstimo de 450 milhões de euros, concedido inicialmente em 2008 ao BPP, constituía um auxílio estatal ilegal e incompatível.
Bruxelas justificou a decisão afirmando que o Estado português do não cumpriu «a obrigação de apresentar um plano de reestruturação» para o banco, e chamou a atenção para a «reduzida taxa de remuneração da garantia paga pelo banco», e deu ordens a Portugal para que recupere esse auxílio.
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