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Camargo Corrêa lança OPA sobre Cimpor

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Operação será confirmada oficialmente ainda esta sexta-feira

Notícia atualizada às 0h39 de sábado com comunicado enviado à CMVM

A empresa brasileira InterCement, sociedade detida em 100% pela brasileira Camargo Corrêa lançou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Cimpor. A operação foi comunicada oficialmente esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

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Em nota enviada hoje à CMVM, a InterCement adianta ainda que oferece 5,50 euros por cada ação da Cimpor, pretendendo deter a totalidade da empresa.

Num documento intitulado «Anúncio Preliminar de Lançamento de Oferta Pública Geral e Voluntária de Aquisição de Ações Representativas do Capital Social da Cimpor - Cimentos de Portugal, SGPS, SA», a InterCement esclarece que a oferta abrange «a totalidade das ações ordinárias, escriturais e nominativas, com o valor nominal unitário de um euro» da Cimpor.

A InterCement refere ainda que esta OPA tem em vista «a aquisição do controlo da sociedade visada e a instituição de uma estrutura acionista coerente e estável da Cimpor».

No que se refere às atividades empresariais, a oferente tem intenção de «propor ao conselho de administração da sociedade visada a integração na Cimpor dos ativos e operações de cimento e betão da InterCement na América do Sul e em Angola».

Esta sociedade do grupo Camargo Corrêa esclarece ainda que «a integração dos ativos e operações de cimento e betão da InterCement poderá implicar, eventualmente, uma reorganização societária mais ampla do grupo da sociedade visada, com o objetivo de permitir maior foco e ampliar as sinergias porventura existentes».

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A InterCement Austria Holding GmbH SGPS, SA é uma sociedade de responsabilidade limitada, com sede em Viena e capital social de 35.000 euros.

Há meses que corriam notícias de que a Camargo Corrêa, que detém 32,9% da Cimpor, estaria a preparar uma OPA e a própria empresa brasileira chegou a admitir, há oito meses, que uma OPA sobre a Cimpor era uma hipótese em cima da mesa.

Já em dezembro de 2009 os brasileiros da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) lançaram uma OPA sobre a Cimpor, que fracassou, mas que acabou por levar à alteração da estrutura acionista da empresa. Dois acionistas de referência saíram (a portuguesa Teixeira Duarte e a francesa Lafarge) e dois gigantes brasileiros do setor do cimento entraram (Camargo Corrêa e Votorantim).

A Votorantim é a segunda maior acionista da cimenteira nacional (com 21,2%), e tem um acordo parassocial com outro acionista de referência da Cipor: a Caixa Geral de Depósitos, que controla 9,6%. Entre os acionistas da Cimpor estão ainda Manuel Fino (10,7%) e o Fundo de Pensões do BCP (10%).

As ações da Cimpor fecharam a ganhar 1,44% para 5 euros.

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