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Carlos Costa aposta no regresso às origens do modelo bancário

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Bancos vão voltar a captar recursos e mantê-los nos activos do banco

O futuro governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, é da opinião que a grave crise financeira vai ditar uma mudança no modelo de negócio dos bancos, que voltarão a centrar a sua actividade principal na captação de recursos.

Conheça o sucessor de Constâncio

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Carlos Costa, vice-governador do Banco Europeu de Investimento (BEI), que foi esta quinta-feira nomeado para suceder a Vítor Constâncio na liderança do supervisor bancário português, falou em Outubro com a agência Lusa sobre o futuro do sistema financeiro, que deverá regressar ao modelo de originar para deter (captar recursos e mantê-los nos activos do banco), trocado nos últimos anos pelo modelo de originar para vender (captar recursos e vendê-los a terceiros).

«As implicações da crise levaram à inversão do efeito alavanca, a perdas nas carteiras de investimento e à desconfiança no mercado de capitais», observou à Lusa à margem de uma conferência em Lisboa, dizendo que «a estruturação do sistema financeiro vai levar à formação de players globais e, em paralelo, de bancos de proximidade».

O responsável do BEI apontou para a existência, na actualidade, de 60 grupos bancários com dimensão pan-europeia, que reforçaram as suas actividades com a compra de inúmeras instituições financeiras que «colapsaram» com a crise.

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As maiores mudanças nos próximos anos

«A entrada dos fundos soberanos no capital dos players globais, a absorção de players regionais pelos globais, a maior restrição no acesso ao financiamento e o aumento dos spreads com maior discriminação dos ratings» são, na opinião de Carlos Costa, as maiores mudanças que o sistema financeiro vai conhecer nos próximos anos.

O economista Carlos Costa, que até agora desempenhou o cargo de vice-presidente do BEI, foi nomeado governador do Banco de Portugal, tendo uma vasta experiência no sector bancário e na integração de Portugal na Comunidade Europeia.

Com a ida de Vítor Constâncio para a vice-presidência do Banco Central Europeu (BEI) a 1 de Junho, Carlos Costa retorna a Portugal, depois de três anos no Luxemburgo.

Com 60 anos, licenciou-se em economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, em 1973, a mesma que deu o diploma ao ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos.

O economista foi também membro do conselho de administração e director executivo da Caixa Geral de Depósitos entre 2004 e 2006 e ocupou idêntico cargo no Banco Nacional Ultramarino (BNU) e no Banco Caixa Geral (Espanha).

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