A captação de recursos para dar liquidez à economia portuguesa é o principal desafio da nova administração da Caixa Geral de Depósitos.
A CGD, «a captar recursos é um banco como qualquer outro, no mercado doméstico e lá fora. É o banco mais agressivo a captar recursos» em Portugal, assegurou o seu presidente executivo, durante a sua audição no Parlamento, a propósito da transferência de depósitos de clientes não residentes da Madeira para as Ilhas Caimão.
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José de Matos revelou que a grande preocupação da nova administração é, precisamente, «a captação das poupanças dos portugueses e dos não residentes», e que, tal como já tinha sido anunciado pela anterior gestão, liderada por Faria de Oliveira - que passou a ser o chairman do banco, com a alteração do modelo de governação - o objectivo é reforçar a quota no segmento das Pequenas e Médias Empresas (PME).
«Tudo faremos para que a economia portuguesa continue a funcionar e para que não haja escassez de liquidez», realçou, apontando para a difícil situação em que o País se encontra.
O responsável foi ouvido ontem pela comissão parlamentar do Orçamento e Finanças, sobre a transferência dos depósitos do clientes não residentes da CGD da Madeira para as Ilhas Caimão (e em pequena percentagem para Macau), tendo defendido que o banco «fará com esses recursos o financiamento da economia portuguesa».
Segundo José de Matos, «face à situação do País, é uma obrigação da CGD captar estes recursos, que ajudam a financiar a actividade económica em Portugal».
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