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China admite interesse numa eventual privatização da TAP

Indicou o Presidente da República que está de visita oficial à China

Os líderes de duas companhias aéreas chinesas admitiram estar interessados numa eventual privatização da TAP, indicou esta quarta-feira o Presidente da República, Cavaco Silva.

«A TAP foi referida» numa reunião com empresários chineses em Xangai, em que participou também o ministro da Economia, António Pires de Lima, «mas não numa perspetiva de curto prazo», disse Cavaco Silva num encontro com jornalistas pouco antes de embarcar para Pequim, a segunda e última etapa de uma visita de uma semana à China.

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Contudo, «os dois presidentes de companhias aéreas presentes ficaram espantados quando lhes fornecemos os números dos voos semanais de Portugal para o Brasil e disseram que isso era um elemento que não deixariam de ter em consideração, tal como a nossa ligação particular a Angola», revelou o presidente português.

Segundo Cavaco Silva, na referida reunião, Pires de Lima disse que o governo português «não exclui que o processo de privatização da TAP venha a ser aberto no futuro e quando isso acontecer fica à disposição o caderno de encargos para ser consultado», disse, sem precisar datas.

No encontro com os jornalistas, o presidente português afirmou estar empenhado na «projeção internacional do Portugal positivo».

«Vim aqui para fazer os possíveis para reforçar as relações comerciais, de investimento e turísticas com a China. concerteza que os empresários chineses não estão interessados em investir e em visitar um país que lhe for apresentado com um país negativo e de futuro incerto», disse.

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Hoje de manhã, na abertura de um seminário com cerca de 250 empresários portugueses e chineses, Cavaco Silva considerou «animadores» os sinais dados pela economia portuguesa no último ano.

Uma centena de empresários - da banca, tecnologias da informaçao, agroalimentar e outros setores - acompanham a visita de Cavaco Silva à China, a primeira de um chefe de Estado português em quase uma década.

«Esta visita é talvez o maior esforço que alguma vez foi feito para reforçar as nossas relações com a China», disse o presidente português acerca da «forte dimensão económica e empresarial» do seu programa em Xangai e Pequim.

Cavaco Silva considerou a China «um mercado fundamental para todos os países europeus e para Portugal».

A sua anterior visita à China, em abril de 1994, na qualidade de primeiro-ministro, ficou assinalada pela abertura de uma delegação do então ICEP, o antecessor do atual AICEP (Agência para o investumento e comercio externo de Portugal).

Vinte anos depois, a referida delegação continua a ter apenas um funcionário enviado de Lisboa e a delegação de Xangai, aberta em 2006, tambem só um.

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«Devemos fazer um esforço para encontrar os recursos financeiros necessários para fortalecer as equipas que, no terreno, mantêm os contactos com os empresários chineses e que divulgam a imagem do nosso país», defendeu o presidente portugues.

Cavaco Silva chegou hoja a noite (hora local) a Pequim, onde na quinta-feira vai encontrar-se com o homologo chinês, Xi Jinping.

A visita termina no fim-de-semana em Macau.

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