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Concorrência já está a analisar OPA à Cimpor

Além do regulador português, aquisição do controlo da Cimpor pela brasileira Camargo Corrêa depende da aprovação de entidades em outros seis países

A Autoridade da Concorrência (AdC) já está a analisar a intenção da brasileira Camargo Corrêa de controlar a Cimpor, no âmbito de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA), segundo um anúncio publicado esta terça-feira na imprensa.

«Torna-se público que a AdC recebeu, a 02 de abril de 2012, uma notificação prévia de uma operação de concentração de empresas», que consiste na aquisição, pela Camargo Corrêa, do controlo exclusivo da Cimpor, através da realização de uma OPA.

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As observações de «terceiros interessados» sobre esta operação de concentração devem ser remetidas à AdC no prazo de 10 dias úteis.

Além do regulador português, a aquisição do controlo da Cimpor pela brasileira Camargo Corrêa depende da aprovação de entidades com competência em matéria de concorrência em outros seis países: Espanha, Turquia, África do Sul, Brasil, Egito e Tunísia, segundo o anúncio preliminar da OPA.

A InterCement, detida pela Camargo Corrêa, lançou, a 30 de março, uma OPA sobre a totalidade das ações da Cimpor, oferecendo 5,50 euros por ação.

Depois deste anúncio, a Caixa Geral de Depósitos (9,58%) e o Fundo de Pensões do BCP (10%) anunciaram que iam vender, no âmbito da OPA, as participações que detêm na cimenteira portuguesa.

Entretanto, na segunda-feira ao final do dia, a Semapa, liderada por Pedro Queiroz Pereira, informou o mercado, a pedido da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que apresentou a estes dois acionistas uma proposta de aquisição das suas participações na cimenteira, «por uma sociedade a constituir do conjunto das participações daquelas entidades na Cimpor».

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A aquisição por esta nova sociedade das participações na Cimpor seria feita «por um valor por ação não inferior a 5,75 euros», segundo a mesma proposta.

A empresa de Pedro Queiroz Pereira acrescentou que «a nova sociedade a constituir integraria, pelo menos numa primeira fase, a Caixa Geral de Depósitos e o fundo de pensões do BCP e ainda a Manuel Fino SGPS, S.A.», que detém 10,7% da Cimpor.

Caso a Manuel Fino, SGPS venha a aderir a esta proposta, a nova empresa iria agregar a totalidade das participações detidas por estas entidades no capital social da Cimpor, representando no seu conjunto 30,3% do capital da cimenteira portuguesa, bem como a totalidade da participação no capital da Secil, numa repartição igualitária de capital entre a Semapa e as outras entidades.

A Camargo Corrêa já é a maior acionista da Cimpor (32,9% do capital), seguida pela também brasileira Votorantim (21,1%).

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