O setor da construção tem sido dos mais afetados com a crise e não augura nada de bom. Antes pelo contrário: as expetativas de evolução da atividade atingiram novos mínimos em março. Nunca foram tão baixas.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de confiança na construção e nas obras públicas, que é calculado através de inquéritos a empresas do setor, registou um valor de -69 em janeiro. É o mais baixo de sempre e o mais reduzido entre todos os setores de atividade.
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Estes dados vêm assim confirmar a trajetória descendente que se mantém desde junho de 2008, antes do eclodir da crise.
Neste seguimento, também não surpreende que os empresários da construção nunca tenham estado tão pessimistas como em janeiro quanto à evolução da sua carteira de encomendas (-80,8 pontos) e quanto à situação geral do setor (-58,4). Também as expetativas de criação de emprego bateram um recorde negativo (-57,2).
Os indicadores de confiança do INE são calculados através de médias móveis de três meses dos saldos de respostas extremas a inquéritos, isto é, um número negativo significa que houve mais respostas pessimistas que otimistas.
O índice de produção na construção, calculado com base em dados quantitativos e para o qual o INE disponibiliza números para fevereiro, degradou-se igualmente para um valor próximo do mínimo histórico. O índice de produção tem piorado todos os meses desde junho do ano passado.
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