Os trabalhadores da RTP consideram que devia ser aplicado na empresa o mesmo critério que foi usado para isentar os trabalhadores da TAP dos cortes salariais que afetam a função pública este ano.
«Os fundamentos que haveria para aplicar na RTP o mesmo critério aplicado na TAP são óbvios», defende a Comissão de Trabalhadores da estação pública em comunicado, acrescentando que «as duas empresas têm um estatuto idêntico em termos de participação do Estado e uma situação idêntica em termos de confronto com a concorrência».
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O Ministério das Finanças concedeu à TAP um critério de exceção: os trabalhadores da empresa já não verão os salários cortados em média 5%, como acontecerá aos restantes funcionários públicos e trabalhadores de empresas ou outras entidades públicas. Os funcionários da TAP mantêm, no entanto, o corte dos subsídios de férias e Natal e, para contornar o corte de salários, a empresa tem de proceder a poupanças de idêntico valor noutras áreas.
Uma decisão que o PS já considerou «gravíssima».
O Ministério explicou a exceção com o facto de a TAP estar em processo avançado de privatização e operar num segmento concorrencial.
«A identidade de situações é tal que na RTP, tal como na TAP, o Governo já isentou os membros da administração de verem os seus vencimentos limitados por um teto que tem como referência o vencimento do Presidente da República. Falta alargar o critério da TAP também aos salários dos trabalhadores», alegam os trabalhadores da RTP.
A comissão elogia a administração a TAP por «pressionar o Governo a não aplicar os cortes salariais» e define a exceção conseguida como «o êxito dessa pressão».
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