O pedido de ajuda financeira feito por Portugal «terminou os riscos» em torno da dívida soberana na Zona Euro, segundo o presidente do Governo espanhol.
«Todos as analistas consideram que com o pedido (de ajuda) de Portugal terminaram os riscos que existiram nos países da Zona Euro sobre a dívida soberana», disse Zapatero, numa conferência de imprensa em Pequim.
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«É a opinião dos analistas, bastante generalizada, e que, posso ratificar, é a perspectiva do Governo de Espanha e também das instituições europeias».
«Não há no horizonte mais austeridade»
Espanha tem, de resto, cumprido «os seus devers» nos «últimos meses» no que toca à redução do défice. «Neste momento, no FMI, na Comissão Europeia e na OCDE, reina a confiança» acerca da economia espanhola.
«A economia vai incrementando progressivamente a sua capacidade de crescimento» e «não há no horizonte nenhuma previsão de novas medidas de austeridade». Já Portugal não pode dizer o mesmo, se quiser atingir as metas orçamentais previstas.
«Três países pediram ajuda e a resposta da Zona Euro é ajudar esses países», sublinhou Zapatero, falando da Grécia, da Irlanda e de Portugal que recorreu ao apoio externo no passado dia 7 de Abril.
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«Temos de pôr em pratica as reformas aprovadas pelo último Conselho Europeu acerca da governação económica». E é preciso também «dar uma mensagem de esperança, à Grécia, Irlanda e Portugal», afirmou o presidente do governo espanhol, citado pela Lusa.
O presidente do governo espanhol chegou a Pequim terça-feira, numa visita de 24 horas de «marcado carácter económico», como o próprio Zapatero definiu a sua agenda na capital chinesa.
Além do homólogo chinês, Wen Jiabao, Zapatero, encontrou-se com o vice-primeiro-ministro executivo, Li Keqiang, e hoje de manhã (hora local) teve «um pequeno almoço de trabalho com representantes do sector financeiro chinês».
O chefe do governo espanhol parte ainda hoje para Singapura, e voltará à China na quinta-feira, para assistir ao Forum Boao para Ásia, na Ilha tropical de Hainan, onde terá encontros bilaterais com o presidente chinês, Hu Jintao, e o primeiro-ministro sul-coreano, Kim Huang-sik.
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