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Crise leva ao abandono da Internet

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Praticamente 4% dos portugueses que já tiveram Net acabaram por desistir. Maioria são desempregados

O acesso à Internet continua a crescer em Portugal, mas há um senão: 3,9 por cento da população que já esteve «ligada» acabou por desistir em 2011. A conclusão é do estudo sobre Sociedade em Rede do Observatório da Comunicação (Obercom) que, pela primeira vez, recolheu dados sobre o abandono da Internet.

As razões económicas são um dos motivos - e o principal para a grande parte dos desempregados que já desistiram de visitar a Net. Estes representam, alías, o grupo que mais abandonou a «rede» no ano passado: 8,4% deixaram de ser utilizadores. E, a diferença entre os desempregados que visitam a «World Wide Web» e os que nunca fizeram é diminuta: 49,6% utilizam versus 42% que nunca o fizeram.

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Mas, há mais motivos: falta de interesse ou a noção de que a Internet não lhes é útil (38,9%), a iliteracia digital (34,9%) e a falta de acesso a computador ou Internet (9,1%). As razões económicas são justificação para 8,5% dos ex-utilizadores.

No entanto, os «desistentes» são os que mais reconhecem que o uso desta tecnologia «contribui para uma melhoria do nível de vida»: 89,6% concordam com esta afirmação, contra os 85,2% dos atuais cibernautas.

O cenário de crise vivido em 2011 agravou, ainda, as perspetivas dos portugueses sobre a possibilidade de virem a usar a Internet: a resposta «não, nunca» foi claramente a mais votada (63,6%) em 2011 e aumentou face a 2010 (55,5%). Já o «sim» foi respondido por apenas 6,5% dos inquiridos, uma ligeira descida face ao ano anterior, quando 7,6% deram esta resposta.

Certo é que, para já, quase metade dos portugueses não utiliza ou nunca utilizou a Internet (47,1%).

Já em relação aos utilizadores da Net, destaque para os quadros superiores (100%), profissionais liberais (100%), profissões técnicas, científicas e artísticas (98%), estudantes (97,4%) e empregados de escritório (90,2%). Também são os homens os maiores fãs do «online», com 54,3% a serem utilizadores, contra os 44,2% das mulheres.

Neste campo, as redes sociais destacam-se no estudo. O Facebook é o que conquista mais adeptos (97,3% dos que utilizam redes sociais têm perfil criado nesta rede), seguido pelos programas de Instant Messaging.

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