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Dez anos de biocombustível equivalem a mais 550 mil carros nas estradas

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Numa década, o aumento do uso de biocombustíveis levará à criação de mais 1,22 milhões de toneladas de CO2

Os planos de aumento do uso de biocombustíveis em Portugal nos próximos dez anos farão disparar as emissões de dióxido de carbono, equivalendo a colocar nas estradas mais 550 mil carros, indica um estudo apresentado esta segunda-feira em Bruxelas e citado pela Lusa.

A conclusão é só uma: os biocombustíveis «não são amigos do ambiente», diz o estudo patrocinado por uma coligação de organizações ambientais, que inclui a Greenpeace, Friends of the Earth e ActionAid.

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O estudo refere que a aposta europeia nesta solução poderá sacrificar até 69 mil quilómetros quadrados de terras e provocar a emissão extra de 27 a 56 milhões de toneladas de gases com efeito de estufa.

Isto porque, a produção de biocombustíveis implicará não só a reconversão de florestas e ecossistemas naturais, como também o «desvio» de produções agrícolas.

O estudo conclui então, baseado nestes planos de 23 Estados-membros, que os efeitos da aposta em biocombustíveis poderão representar em 2020 a reconversão de uma área equivalente a duas vezes o tamanho da Bélgica e a colocar nas estradas europeias até 26 milhões de carros suplementares.

Sobre Portugal, o estudo indica que os planos levarão a 1,22 milhões de toneladas extra de emissões de dióxido de carbono anualmente, «o equivalente a colocar nas estradas até 550 mil carros suplementares».

«Portugal, felizmente, falhará a meta, meramente quantitativa e sem quaisquer critérios de sustentabilidade, de incorporação em 2010 de 10 por cento de biocombustíveis no abastecimento ao transporte rodoviário, prevista no Plano Nacional para as Alterações Climáticas», acredita o vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, que, em comunicado, reagiu a este estudo.

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