O presidente da China Three Gorges, Cao Guangjing, e o presidente do conselho de administração da Parpública, Joaquim Reis, assinaram o acordo com a Parpública, o primeiro passo formal para a aquisição da participação do Estado, de 21,35 por cento, na EDP, por 2,7 mil milhões de euros.
A cerimónia de assinatura do acordo entre a eléctrica chinesa e a Parpública, empresa gestora de participações públicas, decorreu esta sexta-feira, pelas 11h00 da manhã, no salão nobre do Ministério das Finanças, em Lisboa.
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A China Three Gorges, que venceu o concurso internacional para a aquisição da participação do Estado português na EDP, está representada ao mais alto nível pelo presidente, Cao Guangjing, e pelo vice-presidente executivo, Lin Chuxue.
Da parte nacional, conta-se não só o responsável da Parpública, mas também da EDP, António Mexia. Os ministros das Finanças, Vítor Gaspar, dos Negócios estrangeiros, Paulo Portas, e da Economia, Álvaro Santos Pereira, também estiveram presentes.
«Esta operação servirá de ponte para encorajar mais investimentos», sublinhou Cao Guangjing, durante a cerimónia. Prova disso mesmo é que, horas depois, o vice-presidente executivo da eléctrica chinesa admitiu o interesse na EDP Renováveis.
O responsável chinês acredita mesmo que a entrada da sua empresa no capital da EDP abre um novo capítulo no desenvolvimento da eléctrica, com ambição de serem líderes mundiais de energia limpa.
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Também António Mexia aplaudiu o negócio: «Este acordo será uma referência em Portugal e a nível internacional».
Um acordo que, para Paulo Portas, tinha de acontecer, já que «não faria nenhum sentido prejudicar os que oferecem melhor preço».
Quem também aplaudiu o negócio foram os ministros das Finanças e da Economia: Vítor Gaspar sublinhou a atractividade de Portugal aos olhos dos estrangeiros e, por isso mesmo, Álvaro Santos Pereira rematou: «Acabamos bem o ano».
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A China Three Gorges terá de pagar, já hoje, 600 milhões de euros ao Estado português pelo acordo, ficando por pagar mais 2,1 mil milhões até fim de Junho de 2012.
Um valor a que se juntam cerca de 2 mil milhões de euros de crédito garantido junto de bancos chineses, outro tanto para a compra de posições minoritárias em parques da EDP e mais 2 mil milhões que estão a ser negociados para financiamento extra.
Contas feitas, a eléctrica pública da China prometeu investir 8,7 mil milhões de euros na EDP.
Abre-se assim a porta para mais investimentos estrangeiros em Portugal, nomeadamente vindos da China - especula-se já que bancos chineses estarão interessados no BCP.
A esta hora, a EDP está a deslizar 0,42% para os 2,374 euros por acção. Os analistas acreditam que este negócio vai ter um efeito limitado na economia.
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